OLÁ, AMIGOS Neste blog, que começa hoje, poderemos cumprir alguns dos itens que são listados como objetivos desta instituição, logo aqui abaixo. O IPCN DERIVOU UMA SÉRIE DE INSTITUIÇÕES QUE TIVERAM COMO ESPELHO A OUSADIA DOS SEUS FUNDADORES QUE, NA DÉCADA DE 70, FALARAM E DENUNCIARAM COM CORAGEM O RACISMO E AS ATITUDES RACISTAS CAMUFLADAS, SEJA NA EXPRESSÃO ORAL OU ATÉ NAS ATITUDES FÍSICAS. Tentaremos postar textos dos seus sócios fundadores, que um dia, reunidos no Teatro Opinião, decidiram criar uma instituição de COMBATE AO RACISMO NO BRASIL. Vamos contar também com a colaboração de pessoas que acreditam que esta grandiosa instituição voltará a ser referencia, suplantando seus momentos de abandono.
Fundado em 08 de junho de 1975, com sede própria na Avenida Mem de Sá nº 208. Conforme o Título I, artigo 2º do seu estatuto, são objetivos do IPCN:
a. Estudar, pesquisar, denunciar e combater o racismo e a discriminação racial representado em suas mais variadas formas, contra quem quer que seja e em todos os locais onde aconteça esse crime de lesahumanidade; b. Lutar pela igualdade de direito entre as pessoas, independentemente de sua cor, etnia, classe, raça, sexo, religião, ou credo político; c. Realizar, patrocinar e promover centros de estudos, cursos, palestras, conferencias, congressos, seminários, mesas-redondas, conclaves e publicações de tipos e naturezas diversos, destinados à formação, ao treinamento e ao conhecimento de todos os interessados nas questões da comunidade negra, do combate ao racismo, da discriminação e preconceitos raciais, sociais, econômicos e políticos; d. Realizar, patrocinar e promover estudos, pesquisas e divulgação de assuntos relativos as Culturas Negras e a participação do negro em todos os segmentos possíveis, buscando resgatar a perda de identidade própria da comunidade negra brasileira; e. Defender, ajudar e buscar meios sociais e jurídicos, econômicos e culturais a toda vítima do racismo e da discriminação racial; f. Apoiar pessoas e entidades venham a ser frontal ou simbolicamente vítimas de racismo; g. Proporcionar apoio àqueles que desenvolvem trabalhos de interesse do IPCN, visando realizações dos fins aqui propostos; h. Celebrar contratos e convênios com entidades privadas e públicas, nacionais e/ou estrangeiras, para atingir os objetivos específicos da entidade; i. Instalar museus, pinacotecas, discotecas, bibliotecas, arquivos, salas de audiovisual, etc.
GALERIA dos Ex-Presidentes Atual Diretoria34 anos de existência
IPCN – Escola de cidadania e consciência Marcos Romão*
A propósito da mensagem de Paulo Roberto dos Santos - 2009/03/01 - sobre o que ele chamou de “estado lastimável de conservação do prédio” do IPCN, lembrando que o IPCN - fundado em 1975 - foi uma verdadeira escola de militância política negra no Estado do RJ - Discriminação Racial - discriminacaoracial@yahoogrupos.com.br (MLG)
É uma tarefa para todo o movimento negro do Brasil ajudar o IPCN a renascer. Sem me arriscar a fazer estatísticas, posso dizer que um grande número de negras e negros que ocuparam ou ocupam postos de decisão no Rio e no País, tiverem seu “nascer negro” no ou via IPCN.. Ou foram incentivados e apoiados por este Instituto (nome possível durante a ditadura). A própria Lei “Caó” remendada no Congresso Nacional, nasceu das pesquisas e documentos juntados na ação do primeiramente chamado em 1981 “SOS Negro”, depois “SOS Discriminação Racial” e, por fim, “SOS RACISMO, CIDADANIA e DIREITOS HUMANOS”, ou, simplesmente, “SOS Racismo”. Nesse período de 1981 a 1988, passou por lá praticamente todo mundo do País. Buscavam subsídios e apoio “moral” para suas demandas pelo País afora: candidatas e candidatos de partidos políticos; ativistas sociais; capoeiristas; afro-religiosos; acadêmicos de estrada e iniciantes; sindicalistas e alguns patrões; policiais; ex-policiais; ex e futuros presidiários; candidatos a governadores (não lembro se algum eleito nos visitou). Além do mais, tivemos sempre as portas abertas para as lideranças indígenas e outros grupos discriminados, que cito, como exemplo, o “Da Vida”. A característica maior do IPCN, desde sua fundação, foi o de ser um espaço base de alavanca para tudo quanto fosse grupo do movimento negro que lá aparecesse. Abdias Nascimento - nov. 1978 - em São Paulo-SP. Foto Rosa Gauditano
Abdias Nascimento chegando do exílio; Maria Beatriz Nascimento puxando todos os que “baixavam” da academia; Caó e alguns outros “sujando” seus dedos de jornalistas e de sindicalistas de esquerda neste movimento, até então olhado com uma desconfiança do cão pelas forças “progressistas”. Em seu período de ouro, de 1981 a 1988 (na minha opinião) a Casa foi um centro de debates: junto com os ilês/casas da Bahia; com a turma sempre bem organizada de São Paulo; com os super-criativos do Rio Grande do Sul; os que botaram os direitos humanos na frente do Pará; os mineiros que foram eleitos no triângulo dos latifundiários; os do Amazonas que nos mostraram que no Brasil havia (e continua havendo, Axé!) um povo das florestas; os grupos de homossexuais, que botaram à prova a homofobia dos homens negros. Era uma “salada geral”, cheia de confusão e mal-entendidos, fofocas e uma criatividade da peste! Com reuniões que varavam a noite! E quem passasse por aquela rua escura da Avenida Mem de Sá (centro do Rio), pensaria que só tinham inimigos ali dentro. Engano! Com todas as divergências de “fundo”, colocou-se na rua, em 11 de maio de 1988, uma das manifestações mais marcantes de negras e negros brasileiras/os que se conheceu na história do Brasil. Arrisco-me a dizer, que para os negros e as negras do Brasil há o antes e o depois do “Nada mudou. Vamos Mudar”. Lá estavam lado a lados todas e todos que tinham, durante 7 anos, arrancado os cabelos uns dos outros! 1988 Marcha Farsa da Abolição. Foto Januário Garcia
Só dou uma pista para os “acadêmicos” futuros e negrófilos de plantão: essa marcha, que tinha várias correntes participando, teve o mote e palavras de ordem de uma das correntes majoritárias, e foi em sua maior parte financiada pela outra corrente também das majoritárias. Só quem estava por fora, achava que poderíamos ser inimigos! Agora, onde é que o bicho pega? Falei dos “louros”, mas cadê a cozinha? Não se faz comida sem antes ir ao armazém! Não se faz movimento social autônomo sem ter grana, dinheiro, l´argent! De 1982 a 1988, o IPCN foi reformado e teve seus papéis colocados em dia, incluindo impostos e coisas prediais, pois já prevíamos o filé mignon que aquela região no centro do Rio iria virar. O grosso da reconstrução se deu entre 1983 e 1986. O arquiteto foi de graça (1) (2). O material de construção foi doado ou comprado com projetos, aqui e ali. Mas o principal foi o telefone e duas meninas-senhoras: Cris e a outra (meu Deus! Esqueci o nome agora! Mas quem está com a memória mais fresca vai se lembrar!) Eram militantes e funcionárias, em uma época em que nem se falava em ONG! Faziam “das tripas coração” para atender e encaminhar os casos de discriminação, a um ponto tal que as más línguas falavam que o “Informe JB” era o “diário oficial do Sos Racismo do IPCN”. Só tínhamos notícias quentes. Sei que não foram só elas, mas elas deram uma grande força, pois dentro do IPCN surgiram vários grupos de mulheres negras que hoje agitam o país. Não foi só o IPCN, eu sei, mas acho que com todo machismo arraigado entre nós negros, foi o IPCN um dos lugares do movimento negro em que nós, homens negros, começamos a ser checados. E, já em 1982, muitos de nós fizemos campanhas para mulheres negras dos partidos progressistas. Resumindo, para não ficar me alongando: renascer o IPCN é tomarmos tenência de que sem poder econômico, e sem um local de nossa propriedade, como é o IPCN, vamos ficar balançando naquela cestinha lá encima no navio do poder. Cestinha que tem um nome dado pelos colonizadores para colocarem aqueles que primeiro viam a terra, mas que quando lá chegavam não partilhavam do poder. IPCN é marca na Av. Mem de Sá. Foto Adagoberto Arruda - 2007
É isso! É exatamente como as mulheres falam: para chegar ao poder, muito homem tem que ceder seus lugares. Para chegarmos ao poder no Brasil, os brancos vão ter que abrir mão de muitos lugares nos espaços que têm ocupado sozinhos. E, para chegarmos ao poder, só tendo e valorizando nossas propriedades coletivas, como é o exemplo IPCN. A maioria dos negros tem uma dívida muito grande com essa instituição! E os negros do Rio de Janeiro — me incluo nesses – temos uma obrigação infinita com essa Casa, com esse Ilê! Que não entreguemos a rapadura! Vamos apoiar Maria Alice Santos. E já apresento uma proposta: uma base da nossa rádio tambor, a Mamaterra Radio TV, no IPCN. Asé * Marcos Romão - Soziologe&Freier Journalist (DJU-Hamburg) Interkulturelles Komunikationszentrum Quilombo Brasil Rádioweb Mamaterra http://www.mamaterra.de/
• (1) se não me engano, Romão se refere a Dr. Milton Lima, sócio do IPCN, que está agora, novamente, às voltas com plantas baixas e orçamentos, para a reativação do prédio. (MLG) • (2) Antonio Juliano é o nome do arquiteto. Meu cunhado que teve seu batismo de "negão" nos ajudando na reforma da Casa que, agora, estamos tentando salvar de novo. (Marcos Romão, no adendo) • Para acompanhar o esforço de militantes, exatamente desde 25 de novembro de 2006 - quando houve a primeira convocação de "reunião emergencial" para "resgate do IPCN", vale seguir os links dos registros feitos por Adagoberto Arruda que, incansável, tem estado todo esse tempo ao lado de Maria Alice Santos, nessa empreitada que tem sido singular e solitária, apesar de ser do conhecimento de autoridades-militantes-negras que ocupam cargos nos 3 níveis de poder: municipal, estadual e federal. (MLG)
SEMINÁRIO Mídia e Ação Afirmativa: A Construção de uma Opinião Pública
Local: Centro Cultural Justiça Federal Endereço: Av. Rio Branco, n. 241, Centro (Saída Pedro Lessa da estação Cinelândia do METRÔ) Organização:AJUFE, AJUFERJES, GEMAA, IUPERJ, SEPPIR, CEPIR, COMDEDINE O Seminário, muito ilustrativo, teve a seguinte programação: Dia 09 de setembro - quarta-feira 13h00 – Abertura Dr. André Fontes - Desembargador Federal Carlos Alberto Medeiros – Coordenador da CEPIR-RJ (Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial) 14h30 - Coffee break 15h00 – 16h:30 - Painel I A constitucionalidade das políticas de ação afirmativa: critérios adotados pela jurisprudência brasileira Cláudio Pereira S. Neto Mídia impressa e representação étnica: o modo de olhar a candidatura de Obama Julio Tavares Dia 10 de setembro – quinta-feira 13h00 – Painel II Considerações sobre mídia e direito no Brasil Luiz Fernando Martins da Silva Acadêmicos contra a ação afirmativa: uma análise da argumentação pública João Feres Júnior 14h30 - Coffee break 15h00 – 16h:30 - Painel III Ação afirmativa: a cobertura da revista Veja Verônica Toste Daflon Cientistas sociais e a controvérsia pública em torno das cotas raciais Luiz Augusto Campos
RECUPERAÇÃO DO IPCN - Venha querer também, NÓS QUEREMOS!
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APOIO DO Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ
Publicado em seu nº 926 (pág.3), através da Companheira Ednéa. Para acessar CLIQUE NA IMAGEM ACIMA.
SEPPIR
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Uma Instituição de respeito
OLÁ, AMIGOS! Neste blog poderemos cumprir alguns dos itens que são objetivos desta instituição. O IPCN DERIVOU UMA SÉRIE DE INSTITUIÇÕES QUE TIVERAM COMO ESPELHO A OUSADIA DOS SEUS FUNDADORES QUE, NA DÉCADA DE 70, FALARAM E DENUNCIARAM COM CORAGEM O RACISMO E AS ATITUDES RACISTAS CAMUFLADAS, SEJA NA EXPRESSÃO ORAL OU ATÉ NAS ATITUDES FÍSICAS. Tentaremos postar textos dos seus sócios fundadores, que um dia, reunidos no Teatro Opinião, decidiram criar uma instituição de COMBATE AO RACISMO NO BRASIL. Vamos contar também com a colaboração de pessoas que acreditam que esta grandiosa instituição voltará a ser referencia, suplantando seus momentos de abandono.
ATA REFORMA do ESTATUTO do IPCN - 1990
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ESTATUTO DO I P C N
CLIQUE no adorno para ler o ESTATUTO do I P C N parte 1 de 3
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Ata Eleições da Diretoria 2007/10
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Fundado em 08 de junho de 1975, com sede própria na Av. Mem de Sá nº 208, tem como objetivo principal estudar, pesquisar, denunciar e combater o racismo e todo e qualquer tipo de discriminação racial, representado em suas mais variadas formas, contra quem quer que seja e em todos os locais onde aconteça esse crime de lesahumanidade e lutar pela igualdade de direitos entre as pessoas, independentemente de sua cor, etnia, classe, raça, sexo, religião, ou crença política.
e-mail: ipcn_ipcn@yahoo.com.br
Centro Internacional SARAH de Neurorreabilitação e Neurociências
*ATENDIMENTO TOTALMENTE GRATUITO* O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelos telefones: (21)3543-7600 | (21)3543-7600 | (21)3543-7601 | (21)3543-7502, das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira. CLIQUE NA IMAGEM PARA ACESSAR O SITE.
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CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA RÁDIO BAND
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Fórum Nacional de Juventude Negra
Campanha é uma realização do Fórum Nacional de Juventude Negra, em parceria com o Instituto Cultural Steve Biko e a ONG Enda Brasil, com apoio da Fundação Kellog.
MULHERNEGRAMULHER
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CARLOS NEGREIROS
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cultne - acervo digital de cultura negra
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Jornal - ÌROHÌN
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ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros
José Flávio Pessoa de Barros - Doutor em Antropologia – USP - Pós-doutor em Antropologia – Universidade de Paris V - - Professor adjunto aposentado da UERJ e da UFRJ - Babalorixá. Combatente sem trégua à intolerância religiosa, à corrupção e à exclusão social. É com extremo pesar que comunicamos o falecimento do amigo e colaborador Prof. Dr. José Flávio Pessoa de Barros. Informamos que o enterro acontecerá no dia 31/05, às 10:00h, no cemitério de Jacarepagua- Pechincha Rua Retiro dos Artistas nº 307 , na Capela B -- ASSISTA VÍDEOS SOBRE RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA - AULAS DO PROF. FLÁVIO PESSOA NO RODAPÉ DESTE BLOG
Adeus a Abdias Nascimento
*1914 / +2011 Militante do antigo PTB; após o golpe de 1964, participa, desde o exílio, da formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981, a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT. Na qualidade de primeiro deputado federal afrobrasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação. O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afrobrasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000). No dia 10 de maio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lançou a 1ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, que marca atividades relativas ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O prêmio visa estimular, anualmente, a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. Com informações do site: http://www.abdias.com.br/ Leia também: http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2011/05/jornalistas-lancam-premio-abdias-nascimento O corpo do Professor Abdias Nascimento será velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano nº 1 – Cinelândia), nesta quinta-feira, dia 26/05, no horário das 18h. às 23h. e na sexta-feira, dia 27/05, das 6h. às 11h.
HUMBERTO DE SOUZA (MESTRE HUMBERTO) Clique na imagem para assistir o filme.
Alto, esguio e elegante. Vestido com uma bata africana por sobre a calça vincada.. Nos pés sapatos lustrosos e na cabeça ,um eketê , chapéu que reforçava imagem ligada a sua ancestralidade afro descendente. Olhar manso e sagaz.. Sempre disposto a informar algo que dominava em seu vasto conhecimento. Ninguém sabe em quantos idiomas se expressava. Lembro-me, em 1971 estávamos tocando em um espetáculo , no Espírito Santo, apareceu um chinês e eles conversaram por longo tempo no idioma do recém chegado. Nesse longo tempo que nos relacionamos eu o vi conversando correntemente, em espanhol, inglês, francês , alemão, russo, árabe, chines , yorubá e quimbundo. Além do conhecimento de jurisprudência, por força da sua formação e atuação como Advogado, Compreendia e vivia a linguagem dos tambores., tocando com sensibilidade, conhecimento e vigor os atabaques em espetáculos, manifestações populares e religiosas. Nas Casas de Santo, quando chegava, os atabaques dobravam, anunciando a sua presença. A homenagem só cessava quando ele colocava a mão sobre o Ruw, o tambor grave que pontua a historia dançada pelo orixá e cantada pelo Ogã.. Em seguida, já incorporado à pequena Orquestra (gâ, agogo, afoxé,Ruw, ruw-pi e Lê), puxava um canto e assumia um instrumento, dando prosseguimento à cerimônia religiosa . Os Orixás, Yalorixá, Yákerês, ekédis, Abians, abiaxés , abikus e presentes se revigoravam nos cânticos , toques e danças executados nos espaço sacralizado. Mestre Humberto, chamado pelo nome de Balogum ( Obalúàyé guerreiro) no universo sacro afro brasileiro, tinha o cargo honorífico de OIYÊ , estando próximo a se consagrar OLUÔ que é o sacerdote conhecedor do oráculo de IFÁ e que entre os Yorubás é designativo dos chefes dos Babalaôs.Entre outras importantes atribuições, cabe ao Sacerdote de Ifá, através de consulta ao oráculo, determinar quem deverá ocupar a direção das Casas de Santo. Mestre Humberto se foi na quinta-feira 12 de agosto de 2010, aos 90 anos de idade, deixando saudade. A partir de agora fará parte do cosmo e certamente será BABAEGUM. Um guardião a mais habitando o ORUM. - Carlos Negreiros -
Adeus Paulo Moura! CLIQUE NA IMAGEM PARA VER E OUVIR
RIO - Morreu no fim da noite desta segunda-feira (12.07.2010) o saxofonista e trompetista Paulo Moura, de 77 anos. O músico estava internado na Clínica São Vicente, no Rio, desde o dia 4 de julho com um linfona (câncer do sistema linfático). Compositor e arranjador de choro, samba e jazz, Paulo Moura é um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, tendo tocado com Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes. Para Paulo Moura não existiam fronteiras. Com seus clarinete e saxofone, o músico - nascido em 17 de fevereiro de 1933, São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e radicado no Rio desde o fim da adolescência - passeou com talento por muitos gêneros e formações. Tocou tanto em orquestras sinfônicas quanto de gafieira ou grupos de regional, rodando o Brasil e o mundo com sua arte. De uma família de músicos, ainda em sua cidade natal, incentivado pelo pai, Pedro Moura, carpinteiro de profissão e clarinetista nas festas e nos fins de semana, Moura começou a estudar piano aos 9 anos, passando quatro anos depois para o clarinete. Ele tinha 17 anos quando a família se mudou para o Rio, radicando-se na Tijuca. Paulo Moura ingressou na Escola Nacional de Música estudando teoria, harmonia, contraponto, fuga e composição, enquanto, por pedido do pai, também aprendeu o ofício de alfaiate. Paulo Moura era casado com a psicalinista Halina Grynberg, também sua empresária e produtora musical. Fonte: 12/07 às 23h52 Vivian Oswald - O Globo. Leia mais em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/07/12/morre-musico-paulo-moura-no-rio-917133979.asp (copie e cole)
Johnny Alf, precursor da bossa nova, morre aos 80 anos em SP
CLIQUE NA IMAGEM PARA VER E OUVIR.... O cantor, pianista e compositor Johnny Alf morreu nesta quinta-feira (04.03.2010). Ele estava internado em estado grave no hospital Mário Covas, em Santo André, na Grande São Paulo. Ele tinha 80 anos. Johnny tratava um câncer de próstata há cerca de três anos na instituição. Um dos precursores da bossa nova, ele vivia em uma casa de repouso na cidade. Segundo o empresário do cantor, Nelson Valencia, a metástase tinha avançado e os médicos haviam avisado que não havia mais nada que pudesse ser feito. Johnny não tinha familiares. O velório deve ser amanhã de manhã no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista. da Folha Online
Adeus WALTER ALFAIATE
CLIQUE NA IMAGEM PARA VER E OUVIR.... O sambista Walter Alfaiate morreu neste sábado, 27.02.2010, às 17h05m, no Hospital da Lagoa, de falência múltipla dos órgãos. O músico, de 79 anos, estava internado no CTI desde o dia 18 de dezembro. Alfaiate sofria de enfisema pulmonar, ineficiência cardíaca, arritmia, insuficiência renal, gastrite e esofagite. Em novembro, o sambista da Velha Guarda da Portela e da São Clemente, fora internado no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, Zona Sul do Rio. Em 21 de dezembro, vários artistas da nova e velha guarda do samba fizeram um show no Circo Voador, em homenagem a Walter Alfaiate. Entre os cantores e compositores, apresentaram-se Monarco e a Velha Guarda da Portela, Alcione, Arlindo Cruz, Dudu Nobre e outros. Dividido entre o samba e a alfaiataria. Nascido em Botafogo, Zona Sul do Rio, o menino Walter Nunes começou a cantar ainda criança, mas precisou trabalhar cedo: seu primeiro emprego foi aos 13 anos, numa alfaiataria. Durante toda a vida, dividiu-se entre a profissão que passou a fazer parte do nome e o samba. Alfaiate participou, nos anos 1960, das rodas de samba no Teatro Opinião e formou vários grupos, com destaque para os Reais do Samba e o Samba Fofo. Tornou-se mais conhecido na década de 1970, quando Paulinho da Viola gravou três de suas canções: "Coração oprimido", com Zorba Devagar e "A.M.O.R. Amor" e "Cuidado, teu orgulho te mata", sambas com Mauro Duarte.
ADEUS EDIALEDA - - - 1940 / 2010
É com extremo pesar que o IPCN comunica o falecimento da Drª EDIALEDA SALGADO DO NASCIMENTO, Médica Ginecologista, Presidência da Secretaria Nacional do Movimento Negro do PDT. , fundadora do Partido -, fez parte do Gabinete Civil do presidente João Goulart e foi secretária de estado de Promoção Social no primeiro Governo Brizola, além de presidir a Fundação Leão XIII. Em 2002, na eleição que Brizola disputou o Senado pelo Rio de Janeiro, em 2002, Edialeda ocupou a primeira suplência na chapa. Fluente em francês, italiano, espanhol e inglês, Edialeda Nascimento representou o PDT em diversas reuniões e congressos da Internacional Socialista, além de ter sido organizadora e conferencista do I Congresso de Mulheres Negras das Américas, realizado em 1984 no Equador. Edialeda também participou como conferencista de dezenas de congressos realizados na América Latina, Estados Unidos e Europa sobre a questão do negro e da mulher. Atualmente empenhada, ao lado da grande Amiga Maria Alice Santos, na reconstrução do IPCN. Seu corpo etá sendo velado na Capela 08 do Memorial do Carmo no CAJU, ATÉ ÀS 12 HORAS e o SEPULTAMENTO SERÁ no JARDIM DA SAUDADE - SULACAP, às 16:30 horas. Maiores informações com Maria Alice nos telefones 7629-7969 e 9451-1419.
Adeus, Neguinho do Samba. Inventor do samba-reggae
CLIQUE NA IMAGEM PARA VER E OUVIR.... Mais uma perda, Antonio Luís de Souza, 53 anos. Genial. Neguinho, um dos músicos mais importantes do século XX e deste. Deixa, além da saudade, um legado importante na música baiana e brasileira.