CAMPANHA DE RESTAURAÇÃO DA SEDE DO IPCN!

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MÍDIA & PRECONCEITO

"Sim, é necessária uma nova Abolição"

Por Milena Almeida e Angélica Basthi em 15/12/2009




Observatório da Imprensa - 17.12.2009


"Cabe lembrar que `nova Abolição´ é um lema que, apesar de ter sido elaborado na década de 1920, não está totalmente obsoleto. Os afro-descendentes ainda se encontram em posição de desvantagem em relação às pessoas brancas no Brasil." (Petrônio Domingues)


Em 27 de outubro, o professor-doutor Muniz Sodré publicou um artigo no site Observatório da Imprensa cujo título era "É necessária uma nova Abolição?". No artigo, Sodré critica o tratamento tendencioso da grande imprensa na cobertura sobre Ações afirmativas – mais especificamente as cotas universitárias – e questiona a opção dos "jornalões" em favorecer a publicação de conteúdo contrário ao sistema.
Ocorre que, no dia 03 de novembro, Demétrio Magnoli, colunista de veículos conceituados como a revista Época e o jornal Folha de S. Paulo, publicou uma "resposta" desrespeitosa intitulada "Matem os escravistas" onde ataca Sodré com ironia. Com um discurso enviesado, Magnoli deprecia os argumentos de Sodré e o árduo trabalho que vem sendo construído pelo movimento negro brasileiro na luta contra o racismo ao longo da história do Brasil. Numa suposta tentativa de criticar o "método" utilizado por Sodré, Magnoli menospreza a "consistência interna" do texto de Muniz, segundo ele, causado pelo seu posicionamento ideológico, e classifica o discurso de Sodré como "violência verbal".

Melhores argumentos

É no mínimo espantoso reconhecer que alguém que ostenta um título acadêmico como o Sr. Demétrio Magnoli nega para si mesmo e para a opinião pública a existência de injustiças originadas pelo racismo enraizado na estrutura da sociedade brasileira. Reza a máxima que o título acadêmico deveria garantir maior capacidade de análise dos fatos sociais.

É igualmente espantosa a cegueira que o Sr. Demétrio representa – e hoje é seu principal porta-voz – ao negar sistematicamente a existência do desequilíbrio no caráter dos artigos e no conteúdo das reportagens publicadas nos veículos da grande imprensa brasileira.

Em sua "resposta", o Sr. Demétrio desafia Sodré a provar este suposto desequilíbrio. Magnoli ignora o fato de que determinados veículos da grande mídia propõem uma agenda-setting unilateral e, com isso, contribuem para o desaparecimento do princípio da imparcialidade na imprensa, tão caro à sociedade brasileira. É impossível acreditar hoje em dia que os veículos de comunicação são unanimemente éticos e imparciais. Um dos grandes problemas desta premissa é encobrir o fato de que algumas opiniões editoriais invadem o campo das matérias e reportagens, que deveriam ser imparciais. Ao invés destes veículos de comunicação terem como foco o serviço de utilidade pública, acabam se transformando em juízes e algozes da realidade que nos cerca.

Se antes de escrever vorazmente contra as ações afirmativas – e duvidar da veracidade e do compromisso ético de acadêmicos dignos de todo respeito como Muniz Sodré –, o Sr. Magnoli deveria ter recorrido às pesquisas acadêmicas que estão sendo realizadas neste momento. Talvez assim ele apresentasse melhores argumentos para duvidar da existência de um posicionamento parcial de alguns setores da grande imprensa no Brasil.

Trata-se ou não de desequilíbrio?

Os pesquisadores João Feres e Veronica Daflon, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), por exemplo, realizaram recentemente uma análise dos textos publicados pela revista Veja sobre as ações afirmativas entre 2001 e 2009. Foram analisados 66 textos e artigos sobre o tema de janeiro de 2001 a junho de 2009, sendo 39% colunas assinadas e 38% reportagens.

Deste total, 77% continham avaliações negativas sobre as ações afirmativas raciais e apenas 14% favoráveis. Se tivesse feito essa consulto, o Sr. Demétrio descobriria, por exemplo, que deste universo, 19 reportagens são contrárias às ações afirmativas e apenas três são favoráveis. Em relação às colunas na revista Veja no período, 20 foram contrárias e apenas quatro favoráveis. Trata-se ou não desequilíbrio?

Feres e Daflon identificaram que a partir de 2005, quando as políticas de cotas estão consolidadas no ensino superior público do país, as raras manifestações favoráveis às ações afirmativas simplesmente desapareceram da revista Veja.

Feres e Daflon analisaram ainda os títulos e suas mensagens explícitas na revista neste período. Um dos exemplos são os títulos "O grande salto para trás" e "Cotas para quê?", ambos publicados em 2005. Ou ainda a reportagem em 2007 sobre o caso de um professor da Universidade de Brasília acusado de racismo, cujo título era "A primeira vítima".

Todos os títulos já evidenciavam a parcialidade nua e crua da revista Veja. O artigo do colunista Diogo Mainardi, cujo título era "O quilombo do mundo", demonstra a sua dita "criatividade" a serviço da intolerância como "o Brasil macaqueou o sistema de cotas raciais dos Estados Unidos" ou sobre "a chance para acabar de vez com o quilombolismo retardatário que se entrincheirou no matagal ideológico das universidades brasileiras". Trata-se ou não de desequilíbrio?

Nomenclatura de assuntos investigados

Vamos agora aos "jornalões". Um estudo realizado pelo pesquisador Kássio Motta para o Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF) analisa o caso do jornal O Globo no período de março de 2002 a julho de 2004. De acordo com o levantamento, no total foram publicados 55% de textos negativos e 15% de textos positivos sobre as cotas. Neste contexto estão 34% de matérias negativas contra 6% positivas, e 66% de editoriais e artigos negativos contra 34% positivos. Outra vez questionamos: trata-se ou não de um desequilíbrio?

Outra pesquisa, desta vez encomendada pelo CEERT ao Observatório Brasileiro de Mídia, observou os jornais Folha, Estado e Globo, dos quais se extraiu 972 textos publicados entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2008, além de 121 textos veiculados pelos semanários Veja, Época e IstoÉ, totalizando, portanto, 1.093 escritos – incluindo reportagens, editoriais, artigos e colunas.

Os assuntos investigados foram agrupados a partir da seguinte nomenclatura: cotas nas universidades; ação afirmativa; quilombolas; estatuto da igualdade racial; diversidade racial (incluindo racismo, discriminação racial, etc.) e religiões de matriz africana.

Leitura indispensável

Fechando o foco nos textos de jornais, cinco tópicos merecem especial atenção:

1) desagregando-se o tema das cotas nas universidades, os textos opinativos somaram, no caso da Folha, cerca de 28% do total de ocorrências, sendo evidente a freqüência mais alta das reportagens em comparação com as opiniões;

2) examinando-se os textos opinativos da Folha sobre cotas nas universidades, 46,7% posicionaram-se abertamente contrários, número elevado, mas não configuram a totalidade das opiniões;

3) o Globo sobressai em relação aos seus concorrentes no que se refere a uma orientação anticotas mais organizada e institucionalizada, tendo sido o único jornal em que os textos opinativos foram mais freqüentes do que as reportagens – 53,1% e 28,1% respectivamente, quando o assunto é cotas nas universidades;

4) as pesquisas ocupam apenas 5% dos textos e são aludidas quase que exclusivamente nas reportagens (83%), aparecendo muito raramente nos textos opinativos (8,3%);

5) a parcialidade da mídia impressa suscita preocupação inclusive nos seus próprios mecanismos internos de fiscalização, o que pode ser ilustrado por uma manifestação emblemática do ombudsman da Folha publicada em meados de 2006.

Portanto, quando Sodré questiona sobre uma nova Abolição, não se trata de um "pressuposto factual falso", como diz o Sr. Demétrio. Provavelmente, este Sr. desconhece toda leitura indispensável para construir um argumento com seriedade, tais como o livro A nova Abolição (2008), do historiador Petrônio Domingues. Na obra, é possível aprender que a expressão foi citada pela primeira vez no dia 13 de maio de 1924, como manchete principal do primeiro número do jornal O Clarim da Alvorada, importante veículo da história da imprensa negra no período.

A luta pelos direitos fundamentais

Já naquela ocasião a defesa de uma nova Abolição propunha uma transformação radical na sociedade brasileira para garantir a justiça e a igualdade racial. Quase 90 anos depois, essa expressão mantém sua mensagem viva. O Brasil continua com o desafio de garantir a justiça e a igualdade de direito para todos.

Vale lembrar também que Muniz Sodré está amparado por uma clarividência histórica acompanhando por extensa lista de pensadores, pesquisadores e intelectuais como Kabenguele Munanga, Abdias Nascimento, Sueli Carneiro e tantos outros.

É por isso que nós, afro-descendentes, integrantes do movimento negro, profissionais de imprensa, intelectuais e acadêmicos declaramos publicamente que Muniz Sodré desfruta do nosso total apoio neste posicionamento em favor da pluralidade de opiniões e reportagens nos "jornalões" e demais veículos de comunicação sobre as ações afirmativas, em especial, sobre as cotas nas universidades públicas. Lembrando que resta ainda uma longa caminhada até atingirmos a plenitude do princípio da igualdade no Brasil. Jamais haverá igualdade onde as pessoas se encontram em condições desiguais na luta pelos seus direitos fundamentais.

**************

[Este artigo é endossado por Julio Tavares, doutor em Antropologia - University of Texas at Austin; Roberto Martins, ex-presidente IPEA no governo FHC; Carlos Alberto Medeiros, jornalista, mestre em ciências jurídicas e sociais e coordenador CEPPIR-RJ; Amauri Mendes Pereira, professor sociologia da UEZO-RJ; Frei Davi Santos, OFM e diretor executivo Educafro; Diva Moreira, cientista política; Alexandre Nascimento, professor FAETEC/RJ; Jonicael Cedraz Oliveira, professor UFBA; Fabiana Lima, doutoranda UFBA; Claudia Miranda , doutora em educação UERJ; Uelington Farias Alves, jornalista e escritor; Daise Rosas Natividade, psicóloga e doutoranda da UFRJ; Humberto Adami, Ouvidor-Geral Seppir; Luis Fernando Martins da Silva, advogado e professor de Direito e membro IAB; Maria da Consolação Lucinda, doutoranda Antropologia Social Museu Nacional/UFRJ; Augusto Bapt, músico; Marcos Romão, cientista social e diretor da Rádio Mamaterra, Hamburgo; Marcelo Barbosa, mestrando em educação UERJ; Vera Daisy Barcellos, jornalista/ RS; Zilda Martins, mestranda comunicação e cultura ECO/UFRJ; Ana Cristina Macedo de Souza, mestranda políticas públicas FGV-RJ/EBAPE; Carlos Nobre, professor PUC/RJ; Nilo Sergio S. Gomes, jornalista; Jacques Edgard François; Flavio Gomes; Jorge da Silva; Claudia Fabiana Cardoso; Carlos Douglas Martins P. Filho; CEPPIR –RJ; CEERT; COMDEDINE; EDUCAFRO; ABRAÇO; Cojira-Rio; Cojira-DF; Cojira-BA; Cojira-AL; Cojira-PB; Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul; Movimento Novos Rumos; Fórum Paraibano Promoção Igualdade Racial; Agência Afro-Latina-Euro-Americana de Informação (ALAI); Associação Brasileira de Pesquisadores/as pela Justiça Social (ABRAPPS); Comitê de Luta pela Igualdade Racial e Democratização da Comunicação do FNDC-BA; Fórum Mulheres Negras DF; Movimento Negro Unificado DF; Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô; Coletivo Entidades Negras (CEN); ACEC - Associação Cultural Embaixada das Caricatas; IPCN - Instituto de Pesquisa das Culturas Negras]

Publicado no Observatório da Imprensa em 15.12.2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Craque Brasileirão 2009: Andrade, do Flamengo, é o melhor técnico

Símbolo do campeão brasileiro de 2009, o técnico Andrade foi eleito, nesta 2ª feira (07.12) o melhor treinador no Prêmio Craque do Brasileirão, evento organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Tromba, como é conhecido, assumiu o Flamengo durante a competição e conseguiu uma arrancada surpreendente até chegar ao título.
Ele foi o responsável pelo fim da hegemonia de Muricy Ramalho, que ganhara todos os prêmios até então. Em segundo lugar ficou Silas, que levou o Avaí ao sexto lugar. Celso Roth, do Atlético-MG, ficou em terceiro lugar. O Galo liderou a competição durante várias rodadas, mas não conseguiu manter o nível e acabou fora até da zona de classificação para a Libertadores.
Andrade [Jorge Luís Andrade da Silva, nascido em 21/04/1957, em Juiz de Fora (MG)], faz que nos sintamos orgulhosos, por mais esta conquista.
Consulta no site GELEDÉS

Foto Agência Estado

domingo, 6 de dezembro de 2009

Black Soul [ALMA NEGRA] - Martine Chartrand



Martine Chartrand, 2000, 9 min 47 sec
Uma animação que convida o espectador a mergulhar no coração da cultura negra em uma viagem rápida e divertida através dos lugares que marcaram a história desses povos. A história que uma senhora de idade com seu filho pequeno é desfilaram diante de nossos olhos uma série de quadros pintados diretamente abaixo da câmera, que acompanha a criança nas pegadas de seus antepassados.
Aqui postado por indicação de ANA FELIPPE, Memorial Lélia Gonzalez - Continente Africa

Ação Civil Pública em Uberlândia (MG) exige cumprimento da Lei nº 10.639

Uma decisão inédita do Ministério Público em Uberlândia levou a Ouvidoria da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) a alertar aos gestores públicos de todo o país sobre o risco do descumprimento da Lei nº 10.639/03, que prevê o ensino da história da cultura africana e afro-brasileira em todas as escolas públicas e privadas, no ensino fundamental, médio e superior.
Trata-se da ação civil pública (processo nº 702.09.562589-0), ajuizada pelo promotor de Justiça Jadir Cirqueira de Souza, na qual denuncia a Prefeitura de Uberlândia e o Estado de Minas Gerais. O principal motivo é o não cumprimento da lei federal, uma das primeiras assinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que representa um marco histórico na agenda brasileira de combate à discriminação racial. O promotor solicita, entre outras providências, a devida capacitação do corpo docente e a inclusão no orçamento de verbas específicas para o custeio do material pedagógico necessário, sob pena de multa.

Na ação, Jadir Cirqueira de Souza ressalta que "enquanto os administradores públicos privilegiarem os aspectos meramente administrativos, em detrimento da educação dos alunos em sala de aula, o Brasil continuará equivocando-se na educação, repetindo erros históricos. É preciso iniciar novo ciclo educacional".

"Esperamos que o caso de Uberlândia sirva de exemplo e que o Ministério Público continue atuando em cada um dos 5.463 municípios brasileiros, seja por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) ou de ações civis públicas", afirma o ouvidor da SEPPIR, Humberto Adami Jr. Ele lembra que a iniciativa surgiu a partir da mobilização de entidades dos movimentos sociais negros, que em 2005 fizeram representação à Procuradoria Geral da República.

Na avaliação do ouvidor, o não cumprimento da lei implica na possibilidade de suspensão do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) aos estados e municípios que se omitirem diante da legislação. E mais: os gestores públicos podem também ser enquadrados no crime de responsabilidade.

Além de ter promovido neste último semestre seminários regionais para capacitação dos gestores públicos e educadores nas cidades de Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belém (Pará) e Curitiba (PR), a SEPPIR planeja um evento nacional para fazer um balanço das exigências curriculares para a efetiva implementação da lei.

Clique AQUI e saiba mais sobre a implantação da lei 10.639/03

Coordenação de Comunicação Social
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Presidência da República

Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 9º andar - 70.054-906 - Brasília (DF)
Telefone: (61) 3411-3659 / 4977

Recebido de Marcelo Reis, via e-mail.
Foto logbaoba

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

CONSCIÊNCIA NEGRA, MODO DE USAR (Fechando a tampa das discussões do mês)


Por NEI LOPES (Foto de Márcia Moreira)
Quando te disserem que você quer dividir o Brasil em pretos e brancos, mostre que essa divisão sempre existiu. Se insistirem na acusação, mostre que, neste país, 121 anos após a Abolição, em todas
as instâncias, o Poder é sempre branco. E que até mesmo como técnicos de futebol ou carnavalescos de escolas de samba, os negros só aparecem como exceção.

Quando, ainda batendo nessa tecla, te disserem que o Brasil é um país mestiço, concorde. Mas ressalve que essa mestiçagem só ocorre, com naturalidade, na base da pirâmide social, e nunca nas altas esferas do
Poder. E que o argumento da mestiçagem brasileira tem legitimado a expropriação de muitas das criações do povo negro, do samba ao candomblé.

Quando te jogarem na cara a afirmação de que a África também teve escravidão, ensine a eles a diferença entre servidão e cativeiro. Mostre que a escravidão tradicional africana tinha as mesmas características da instituição em outras partes do mundo, principalmente numa época em que essa era a forma usual de exploração da força de trabalho. Lembre que, no escravismo tradicional africano, que separava os mais poderosos dos que nasciam sem poder, o bom
escravo podia casar na família do seu senhor, e até tornar-se herdeiro. E assim, se, por exemplo, no século XVII, Zumbi dos Palmares teve escravos, como parece certo, foi exatamente dentro desse contexto histórico e social.

Diga, mais, a eles que, na África, foram primeiro levantinos e, depois, europeus que transformaram a escravidão em um negócio de altas proporções. Chegando, os europeus, ao ponto de fomentarem guerras para, com isso, fazerem mais cativos e lucrarem com a venda de armas e seres humanos.

Diga, ainda, na cara deles que, embora africanos também tenham vendido
africanos como escravos, a África não ganhou nada com o escravismo,
muito pelo contrário. Mas a Europa, esta sim, deu o seu grande salto,
assumindo o protagonismo mundial, graças ao capital que acumulou coma
escravidão africana. Da mesma que forma que a Ásia Menor, com o
tráfico pelo Oceano Índico, desde tempos remotos.

Quando te enervarem dizendo que movimento negro é imitação de
americano, esclareça que já em 1833, no Rio, o negro Francisco de
Paula Brito (cujo bicentenário estamos comemorando) liderava a
publicação de um jornal chamado O Homem de Cor, veiculando, mesmo com
as limitações de sua época, reivindicações do povo negro. Que daí, em
diante, a mobilização dos negros em busca de seus direitos, nunca
deixou de existir. E isto, na publicação de jornais e revistas, na
criação de clubes e associações, nas irmandades católicas, nas casas
de candomblé... Etc.etc.etc.

Aí, pergunte a eles se já ouviram falar no clube Floresta Aurora,
fundado em 1872 em Porto Alegre e ativo até hoje; se têm idéia do que
foi a Frente Negra Brasileira, a partir de 1931, e o Teatro
Experimental do Negro, de 1944. Mostre a eles que movimento negro não
é um modismo brasileiro. Que a insatisfação contra a exclusão é geral.
Desde a fundação do Partido Independiente de Color, em Cuba, 1908,
passando pelo movimento Nuestra Tercera Raíz dos afro-mexicanos, em
1991; pela eleição do afro-venezuelano Aristúbolo Isturiz como
prefeito de Caracas, em 1993; pelo esforço de se incluírem conteúdos
afro-originados no currículo escolar oficial colombiano no final dos
1990; e chegando à atual mobilização dos afrodescendentes nas
províncias argentinas de Corrientes, Entre Rios e Missiones, para só
ficar nesses exemplos.

Quando, de dedo em riste, te jogarem na cara que os negros do Brasil
não são africanos e, sim, brasileiros; e que muitos brasileiros pretos
(como a atleta Fulana de Tal, a atriz Beltrana, e o sambista
Sicraninho da Escola Tal) têm em seu DNA mais genes europeus do que
africanos, concorde. Mas diga a eles que a Biologia não é uma ciência
humana; e, assim, ela não explica o porquê de os afrobrasileiros
notórios serem quase que invariavelmente, e apenas, profissionais da
área esportiva e do entretenimento. E depois lembre que a Constituição
Brasileira protege os bens imateriais portadores de referência à
identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira e suas respectivas formas de expressão. E que a
Consciência Negra é um desses bens intangíveis.

Consciência Negra repita bem alto pra eles, parafraseando Leopold
Senghor não é racismo ou complexo de inferioridade e, sim, um anseio
legitimo de expansão e crescimento. Não é separatismo,
segregacionismo, ressentimento, ódio ou desprezo pelos outros grupos
que constituem a Nação brasileira.

Consciência Negra somos nós, em nossa real dimensão de seres humanos,
sabendo claramente o que somos, de onde viemos e para onde vamos,
interagindo, de igual pra igual, com todos os outros seres humanos, em
busca de um futuro de força, paz, estabilidade e desenvolvimento.

Recebido de Luiz Carlos Gá, via e-mail.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

FESTA DE LANÇAMENTO DO CD DOS SAMBAS ENREDO 2010 - Grupo Especial

Fotos de Henrique Matos,
o Fotógrafo do Carnaval


Clique nos links abaixo para ouvir os Sambas:
Grande Rio
Mocidade
Beija-Flor
Imperatriz
Acadêmicos do Salgueiro
Unidos Tijuca
União da Ilha
Unidos de Vila Isabel
Viradouro
Portela
Porto da Pedra
Estação Primeira de Mangueira

LAVAGEM DA ESTÁTUA DE JOÃO CÂNDIDO [O Almirante Negro]

22 de novembro, dia da REVOLTA DA CHIBATA

Na busca de resgatar personalidades históricas de nossa sociedade que mereçam destaque entre afro-descendentes, o AGBARA DUDU iniciará este ano campanha cujo objetivo maior é trazer reconhecimento histórico a relevante figura da recente História de nosso País – JOÃO CÂNDIDO.
Por este motivo, estaremos realizando no dia 04 de dezembro próximo a Lavagem Simbólica da Estátua de João Cândido na Praça XV de Novembro, de modo a iniciar, com este ato, a divulgação para toda a sociedade da importância de João Cândido na história das conquistas de liberdades pelo povo brasileiro.
Este projeto, que ora se inicia, prosseguirá em 2010, quando se estará comemorando os cem anos da Revolta da Chibata, movimento liderado por nosso homenageado e de tão grande significado para negros e pobres brasileiros.

04 DE DEZEMBRO, 6ª FEIRA,
A PARTIR DAS 17:30 horas
ESTÁTUA DE JOÃO CÂNDIDO
Praça XV de Novembro - Centro do Rio
__________________________________________________
Realização:
GRUPO AFRO AGBARA DUDU

Apoios:
Subprefeitura do Centro
Unidade de Mobilidade Nacional para a Anistia – UMNA
MODAC
______________________________________________
Grupo afro
AGBARA DUDU

Em yorubá significa FORÇA NEGRA
FUNDAÇÃO: 04/04/82
CNPJ - 29.009.305/0001-48

Estamos contando com a sua presença e o rufar de seus tambores, para que ele ecoe em forma de "CORREIO NAGÔ".
Axé,
Vera do Agbara

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O 20 de novembro na Praça Onze

CRIANÇAS DA ESCOLA Municipal TIA CIATA
homenageiam
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA




sábado, 28 de novembro de 2009

Encerramento "Agenda Única Rio Zumbi 2009"




IV FÓRUM RACISMO É CRIME - Aplicabilidade da Lei Penal

Projeto QUILOMBO BRASIL 2009
apresenta
IV FÓRUM RACISMO É CRIME!
Aplicabilidade da Lei Penal


PROGRAMAÇÃO
30 de Novembro
segunda-feira

18h30min – Mesa 1
ABERTURA


Mesa 2
Tema: Aspectos Jurídicos, Políticos, Culturais e Sociais dos Crimes de Racismo e a Sociedade Brasileira.

Palestrantes:
Dr. JÚLIO CÉSAR TAVARES - Doutor em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense;
Dr. JORGE DA SILVA – Graduado em Direito, Mestre em Ciência Política e em Língua Inglesa, Doutor em Ciências Sociais (UERJ), Pós-doutorado em Antropologia e Coordenador de estudos e pesquisas em Ordem Pública, Polícia e Direitos Humanos- UERJ
Mediadora: Sra. RUTH PINHEIRO – Presidente do Centro de Apoio ao Desenvolvimento – CAD, Conselheira e Secretária Geral do Colymar - Centro de Empresários Afro-brasileiros. consultora do SESI/RJ para alfabetização de adultos em comunidades remanescentes de quilombos do Estado do Rio de Janeiro.

Mesa 3
Tema: Atuação do Ministério Público, da Polícia Judiciária e da OAB, quanto à Aplicabilidade Penal da Lei dos Crimes de Racismo.

Palestrantes:
Dr. CARLOS LUÍS ANTÔNIO DE OLIVEIRA - Subchefe Operacional da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro;
Dr. MARCOS KAC- Promotor de Justiça, Coordenador de Direitos Humanos e Justiça Terapêutica da PGJERJ, Mestre em direito Penal, Processual Penal e Criminologia, Professor de pós-graduação da UCAM; Universidade Estácio Sá; UNIG; ESA/OAB.
Dr. MÁRIO LEOPOLDO – Ex-presidente da Comissão OAB Vai à Escola , Conselheiro da OAB, Consultor jurídico do Conselho Municipal de Defesa do Negro - COMDEDINE.
Mediadora: Dra. AGLAETE NUNES MARTINS - Advogada, Consultora Jurídica do Conselho Municipal de Defesa do Negro – COMDEDINE.

01 de Dezembro
terça-feira

18h30min – Mesa 4
Tema: Aspectos culturais, sociais e jurídicos dos crimes de racismo por intolerância religiosa, racial, homofobia, e a Aplicabilidade Penal da Lei dos Crimes de Racismo.

Palestrantes:
Dr. HENRIQUE PESSOA - Delegado de Policia Civil, Bacharel em Direito, Pós graduado em Didática do Ensino Superior, Professor da Academia de Polícia Civil Sílvio Terra , Professor de Direito Penal e Processual Penal da Universidade Candido Mendes , Representante da Polícia Civil junto à Comissão de Combate a Intolerância Religiosa,
BABALAÔ IVANIR DOS SANTOS – Pedagogo, Secretário Executivo do CEAP e Membro da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa;
Dr. CLÁUDIO NASCIMENTO SILVA - Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.
Mediadora: Dra. ANA FELIPPE - Pós-graduada em Filosofia, coordenadora do Memorial Lélia Gonzalez, fundadora do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN e Presidente da Associação de Estudos e Atividades Filosóficos – SEAF

Mesa 5
Tema: - Crimes de Racismo: A questão histórica, jurídica e social, quanto as Ações Afirmativas e as Ações de Reparações.

Palestrantes:
Dr. CARLOS ALBERTO MEDEIROS - Coordenador da Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial do Rio de Janeiro – CEPPIR/RJ
Dr. PAULO RANGEL - Mestre em Ciências Penais, Doutor em Direito e Promotor de justiça do Estado do Rio de Janeiro, Titular do II Tribunal do Júri.
Dr. WILSON ROBERTO PRUDENTE - Procurador do Ministério Público do Trabalho, Licenciado em Estudos Sociais pela UERJ, Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais, Pesquisador-colaborador da N"BLAC Núcleo Brasileiro Latino Americano e Caribenho de Pesquisas em Gênero, Raça e Movimentos Sociais.
Mediador: Dr. BENEDITO SÉRGIO DE ALMEIDA ALVES - Representante da Fundação Cultural Palmares/Rio de Janeiro, fundador e 1º Presidente do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras – IPCN.

____________________________________________________

  • José dos Santos Oliveira - Diretor do CEPERJ
    Coordenador do IV FÓRUM RACISMO É CRIME!




  • quarta-feira, 25 de novembro de 2009

    e-mail de agradecimento de ADUNI BENTON

    Aduni Benton, Atriz e Diretora de Teatro.
    Diretora do Documentário
    "IPCN 35 ANOS! Uma Escola de Formação Política"

    Olá Amig@!
    Nestes últimos dias passamos por diversas e intensas emoções. Viajo ou não viajo? Cancela ou não cancela? Vai ter apoio ou não vai? Cadê o material para divulgar? E o meu nome? Reencontro de amigos, quanto tempo que não nos víamos! Apreensão, dúvida, horário, agenda, alegria por cada pequena conquista, dor, tristeza por alguém não poder estar conosco, confirmações de presenças, respeito e finalmente comprometimento e REALIZAÇÃO!!!
    Não tivemos o CAFÉ, o apoio para o lanche não chegou, a FCP não pode nos ajudar.


    Mas, a ÁGUA não faltou! e com ela lavei a minha alma.

    Estou de alma lavada!!!! Poderia ficar horas e horas digitando a palavra
    AGRADECIMENTO e não conseguiria externar o sentimento que me envolve neste momento. Estou agradecida, porque cada um de vocês teve um papel fundamental na construção e realização deste Seminário. É a história do IPCN viva! A sua REVITALIZAÇÃO!

    E é só o começo, temos um caminho em direção ao DOCUMENTÁRIO!! Já estou pensando no lançamento, porque depois do Seminário não tenho nenhuma dúvida que este DOC será lançado com êxito nos estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, depois do Rio de Janeiro - Cine ODEON no dia 08 de Julho de 2010. rsrsrs

    Cada lembrança uma emoção nova. Estou feliz e consciente da RESPONSABILIDADE de registrar estas memórias para que o Brasil possa conhecer cada uma delas para a valorização do IPCN e principalmente fortalecimento da luta contra o racismo pelo caminho da IGUALDADE RACIAL, autoestima e visibilidade dos nossos protagonistas que dia a dia durante anos de suas vidas buscam construir políticas públicas para nosso povo negro. E os protagonistas são vocês, quer seja nas instituições, partidos, sindicatos, governos, associações, escolas ou simplesmente nas ruas com uma câmera na mão.
    Parabéns para todos nós que acreditamos num Brasil melhor.

    Agora é uma nova etapa, CAPTAÇÃO DE RECURSOS, estamos aceitando sugestões de caminhos para chegarmos ao PATROCINADOR e parceiros além de vocês é claro! rsrsrs

    Como me ensinou Janú: "Quem conhece a sua história, entende a sua grandeza."

    Axé!

    Muito muito muito agradecida a todos e principalmente as seguintes instituições:

    APOIO CULTURAL:
    SEPPIP-PR , SEASDH - Superintendência Executiva dos Conselhos
    Vinculados, CEDINE, CEDIM
    PARCEIROS:
    UNEGRO, MEMÓRIA LÉLIA GONZALEZ E A.C.EMBAIXADA DAS CARICATAS
    CO-REALIZADOR:
    IPCN
    REALIZAÇÃO:
    CIA.É TUDO CENA!, GERADOR CULTURAL, LUB E COBRA
    Sem vocês este Seminário seria apenas um sonho. Valeu!!!
    Afrobeijos
    Aduni Benton

    ______________________________________________________
    Nós da diretoria do IPCN nos sentimos orgulhosos e honrados com o estabelecimento desta parceria .


    A Marcha Negra - 1988 [cultne - acervo digital de cultura negra]

    Observe quantas líderanças presentes.
    Assista, edite, reproduza!
    Bem vindo ao
    CULTNE - Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira. Aqui você tem a chance de conhecer novos pontos de vista da história do nosso país, através de materiais inéditos em vídeo, em diversos momentos artísiticos e políticos, registrados ao longo de décadas.
    Além de assistir, você pode se cadastrar e baixar todo nosso conteúdo para seu computador, utilizando livremente o material em edições jornalísiticas, projetos estudantis, ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte. Bom proveito!



    Local: Candelaria - Cinelândia
    Movimento Negro em 1988 em marcha no centro do Rio de Janeiro, denunciando o racismo e nas lutas contra as desigualdades
    Para saber mais clique cultne.

    terça-feira, 24 de novembro de 2009

    IPCN 35 ANOS! O Seminário

    ASSISTINDO ESTE SLIDE SHOW, COM CERTEZA, VOCÊ VAI SE EMOCIONAR.
    23/24.11.2009 - Fotos do parceiro George Araújo.


    Clique em "Veja todas as imagens" para assistí-las isoladamente. Caso se interesse por algumas pode salvá-las no seu computador

    quarta-feira, 18 de novembro de 2009

    NOVEMBRO: MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

    Encontrei minhas origens...
    Recomendamos que assistam e se emocionem com este lindo comercial de TV... Délio Martins, nosso Gerente da Caixa, realiza exposição em sua Agência em Vila Isabel, vamos todos conferir e prestigiar.


    e-mail de DELIO MARTINS ao IPCN:
    Prezado Adagoberto,
    Peço descupa pela demora. Estive em treinamento fora da cidade e somente hoje que
    tive acesso as mensagens vinda de Mail particular.
    Então, vejamos:
    Trata-se de uma exposição Temática com o nome de "A presença do escravo na história do Brasil e da Caixa". Mostra
    Com painéis suspensos ilustrados com litogravuras do francês Jean Baptiste Debret, onde são retratadas cenas do cotidiano dos escravos e conta a história desde a Existência da CAIXA em 1861 e várias aberturas de contas de escravos para compra de Alforria, ( À partir do 12 dia de existência da Instituição foi aberta a 59º conta por uma mulher, negra, escrava que com a economia de anos compra sua liberdade). Além dos quadros com fotos de cadernetas de poupança a exposição tem fotos de grandes heróis negros brasileiros: Lima Barreto, Luiz Gama, Machado de Assis, etc..
    Com a exposição busco a consciêntização, resgate de uma bela história, a promoção da igualdade racial, auto estima, reconhecimento...
    A exposição estará aberta à visitação durante o expediente bancário: 10:00 às 16:00.
    Endereço: Boul. ( Av) 28 de Setembro, 36, em Frente ao Pedro Ernesto e Próximo a UERJ.
    A Agência se chama 28 de Setembro, fazendo referencia a Lei do Ventre Livre ( 1871) e Sexagenário (1885).
    Localizada no Bairro de Vila Isabel, com divisa do Maracanã e Tijuca.

    O Gerente Geral é Negro, Pós graduando em História e Cultura Afrodescendente/Puc e Filiado ao MNU.

    Agora, eu é quem agradeço a recepção carinhoso de todos e todas do IPCN onde tive a grata satisfação de conhecer a grandes nomes e a grande história da Instituição e sua relevância para nós afrodescendentes. Estarei marcando com a Creuzeli uma visita a Maria Alice para encontrar uma forma de participar.

    E um agradecimento, especial para você pelo carinhoso acolhimento quando chegava um pouco perdido com minha esposa.
    Delio Martins

    segunda-feira, 9 de novembro de 2009

    NOVEMBRO: MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

    DE 05 a 30 DE NOVEMBRO


    Para visualizar algumas fotos da Solenidade de Abertura
    da SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA,
    realizada no Palácio da Cidade,
    no dia 16.11.2009

    Clique na imagem ao lado

    Mês da CONSCIÊNCIA NEGRA OFERECE PROGRAMAÇÃO DIVERSIFICADA

    WILSON PRUDENTE
    LANÇA SEU LIVRO NA UERJ
    "A Verdadeira História do
    Direito Constitucional
    no Brasil"
    26 de novembro
    Teatro Noel Rosa
    Clique na imagem acima para ampliá-la.
    Atualmente WILSON PRUDENTE é Promotor do Ministério Público do Trabalho, PROFESSOR ADJUNTO da Universidade do Grande Rio, Colaborador da Fiocruz, Pesquisador-colaborador da Universidade Federal do Ceará e Professor da MERITUM ESTUDOS JURÍDICOS.
    Constrói toda sua trajetória política dentro do Movimento Negro com uma ativa militância em defesa da população negra e pobre deste país. Ao tornar-se procurador do trabalho sua atuação volta-se para a uma luta constante contra o trabalho escravo.
    COLETIVO DE ENTIDADES NEGRAS


    REFLEXÕES SOBRE A CULTURA AFRO
    Dia 26 de novembro, às 19h, a ESPM – RJ realiza um debate importante sobre a cultura africana no Brasil. O objetivo do encontro é refletir sobre a importância do resgate histórico, a preservação da identidade e a oferta de produtos e serviços voltados para a população afro-descendente dando início a uma pesquisa, qualitativa e quantitativa, em 2010.

    Clique na imagem acima para ampliá-la.




    Parceria entre a FAETEC e a Associação de Moradores do Santa Marta
    Com o objetivo dar visibilidade as ações de produção cultural e serviços, ajudando a construir um novo arranjo produtivo local e disseminando o processo de cidadania e integração social.

    Clique nas imagens acima para amplià-las.



    II Encontro KEDERE de Estudos
    Afro-Brasileiros

    ONEGRONOBRASILONEGROEMMACAÉ
    Clique nas imagens para ampliá-las



    NOITE DA DEUSA DO ÉBANO Òrúnmilà Clique na imagem acima para ampliá-la



    O Seminário "IPCN 35 ANOS! Uma Escola de Formação Política" é parte do documentário de ADUNI BENTON sobre a Instituição Carioca.
    Clique na imagem acima amplia-la

    PROGRAMAÇÃO
    MESTRE DE CERIMÔNIA: Adagoberto Arruda -- Professor, Ator e Diretor Administrativo e de Patrimônio do IPCN.

    DIA: 23 DE NOVEMBRO DE 2009
    O IPCN HOMENAGEIA
    PAI AMARO DE XANGÔ,
    MÃE BELINHA DE OXOSSE E
    PAI ZÉZINHO DA BOA VIAGEM,

    Como Mantenedores da Tradição das Matrizes Africanas.


    ● 18:00 h 1 ª Mesa - Abertura do Seminário com saudações das Autoridades.
    - Representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;

    - Hildézia de Medeiros -- Superintendente Executiva dos Conselhos Vinculados da Secretaria de Estado de Ação Social e Direitos Humanos (SEASDH);
    - PAULÃO Santos -- Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (CEDINE);
    - Cecília Teixeira Soares -- Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM).
    Mediadora: Aduni Benton -- Diretora do documentário "IPCN 35 Anos! Uma Escola de Formação Política", Diretora Artística da Cia. É Tudo Cena!, Membro da UNEGRO.

    »18:45 h - MOMENTO PARA O CAFÉ

    ● 19:00 h 2 ª Mesa - A influência do IPCN NACIONAL NO COMBATE AO RACISMO.
    - João Jorge -- Mestre em Direito Público pela UnB, advogado e Presidente do Olodum;
    - Gevanilda Santos -- Mestre em Sociologia Política da PUC / SP;
    - Milton Barbosa -- Membro fundador do MNU / Bacharelando em Economia na USP;
    - Teresa Santos -- Atriz, Diretora de Teatro, Filósofa e Militante do Movimento Negro;
    - Juarez Xavier -- Jornalista, Mestre e Doutor em Comunicação e Cultura, Membro fundador da UNEGRO;
    - Amauri Mendes -- Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Educação pela UERJ, Professor de Sociologia da UEZO - Ex-Presidente do IPCN.
    Mediador: Luiz Eduardo NEGROGUN -- Produtor Cultural, Presidente do COBRA e Presidente Regional do Movimento Negro do PDT.

    DIA: 24 DE NOVEMBRO DE 2009
    ● 18:00 h 1 ª Mesa - A CONSTRUÇÃO DO MOVIMENTO NEGRO NO RJ - Décadas de 70/80.
    - Yedo Ferreira -- Bacharelando de Matemática pela UFRJ, Membro Fundador do PCN, Membro Fundador do MNU;
    - Suzete Paiva -- Professora e Membro da UNEGRO;
    - Ana Felippe -- Pós-graduada em Filosofia, Coordenadora do Memorial Lélia Gonzalez, Fundadora do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras - IPCN, Presidente da Associação de Estudos e Atividades Filosóficos - SEAF;
    - Wilson Prudente -- Procurador do Ministério Público do Trabalho;
    - Edialeda Salgado -- Médica e Presidente Nacional do Movimento Negro do PDT;
    - Jorge Coutinho -- Presidente Nacional do PMDB Afro, Presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro - SATED / RJ, Fundador do IPCN e Fundador do GRANES Quilombo.
    Mediadora: Angélica Basthi - Jornalista.

    ● 19:45 h - MOMENTO PARA O CAFÉ

    ● 20: 00h 2 ª Mesa - EXPERIÊNCIAS DE GESTÃO, CONQUISTAS, DIFICULDADES E LEGADOS.
    - Benedito Sergio -- Representante da Fundação Cultural Palmares no Rio de Janeiro;
    - Orlando Fernandes -- Capitão, Mecanico de Manutenção de Aeronaves Mecanico e Ferramenteiro, Publicitario e Produtor Gráfico, antigo militante do partidão e fundador do PDT, fundador do IPCN e GRANES Quilombo;
    - Paulo dos Santos Roberto -- Professor e Assessor Especial da Superintendência de Igualdade Racial;
    -Abgail Paschoa -- Militante Histórica do Movimento de Mulheres e Homens Negros;
    - Januário Garcia -- Fotógrafo de reconhecimento Internacional, Liderança do Movimento Negro no Rio de Janeiro, Pioneiro no regitro iconográfico do movimento negro a partir dos anos 70;
    - Sebastião Soares -- Pós Graduado em História da África;
    - Amauri Silva -- Diretor do Centro Cultural José Bonifácio;
    - Maria Alice Santos -- Produtora Cultural e Presidente do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras - IPCN.
    Mediador: Júlio Tavares --
    Antropólogo.
    ________________________________________________________
    Como chegar? (Clique na imagem para ver)

    ATÉ LÁ, ESPERAMOS POR VOCÊ...

    I Colóquio Internacional - Saberes da Diáspora Africana no Brasil

    Clique na imagem acima para ampliá-la e no link abaixo para obter mais informações


    http://www.laboratoriodeoralidadeememoria.blogspot.com/