CAMPANHA DE RESTAURAÇÃO DA SEDE DO IPCN!

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sábado, 15 de janeiro de 2011

ATA DA REUNIÃO PLENÁRIA DO IPCN - 11.01.2011

ATA DA REUNIÃO PLENÁRIA DO INSTITUTO DE PESQUISAS DAS CULTURAS NEGRAS-IPCN
No dia onze de Janeiro de dois mil e onze, com início às dezenove horas e trinta minutos, foi realizada uma Reunião Plenária do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras-IPCN no CEDIM –Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, localizado na Rua Camerino, 51-Centro – RJ.Tendo como pauta o Processo Eleitoral. A reunião foi aberta pela atual presidenta Maria Alice Santos que informou aos presentes sobre as dificuldades encontradas para a legalização do Estatuto, vigente, já que este foi recusado pelo Cartório pois, sendo do ano de 1983, já teria passado do prazo de validade. Foi conseguida através do Cartório, cópia mais recente, que pelo preço de R$ 200,00 foi legitimada, daí, estamos tentando adequar este Estatuto a nossa realidade. Ainda, segundo Maria Alice, o Processo eleitoral deveria acontecer a alguns meses atrás, porém, como a questão do Estatuto não havia sido resolvida, o processo ficou prejudicado, já que, se fôssemos trabalhar, sem a legalização do Estatuto não obteríamos resultados. Este momento é para discutir o funcionamento da casa, a legitimidade, resolver pendências e trazer o associado de volta para a Instituição, já que a falta de quorum prejudicou bastante o andamento dos trabalhos. Esta Diretoria tem como objetivo de organizar o Processo Eleitoral, e para que este processo aconteça, alguns itens terão de ser cumpridos. Quanto à questão do pagamento das mensalidades, foi feita uma anistia, prevista pelo Estatuto que só prevê uma. O associado Ailton Benedito disse que a atual Diretoria não existia, por já ter terminado seu mandato, sendo portanto ilegítimo o comando da reunião e que todos deveriam estar no mesmo plano. A companheira Adélia, questionou sobre o prazo para abertura do processo eleitoral como também a situação dos sócios. A atual Diretora Cultural Christina, falou sobre as dificuldades encontradas para se conseguir os documentos da Instituição, devido às condições precárias do Instituto. Benedito Sérgio disse que estava preocupado com a criação de uma Comissão voltada para o Processo Eleitoral. Ailton Benedito propôs eleger uma Comissão para substituir a atual Diretoria, já que o prazo da Direção atual estava vencido, e abrir o processo eleitoral. Adélia disse que quando os documentos não são passados é porque servirão para algumas teses que virão por aí. Temos que fazer o que é legítimo, e que ela, faz parte da geração que ajudou ao IPCN e, todos os que roubaram a Instituição são figuras proeminentes. Gostaria de achar uma solução, já que os que mais ajudaram não tem o título de doutor. O companheiro Chicão disse que se afastou devido à formação de “negros profissionais” e que o momento é de reflexão. Temos que salvar a nossa geração,nos juntando contra os “negros profissionais”. Propõe fazer uma lavagem e a criação de um novo IPCN. O companheiro Paulo disse que está feliz por está presente à reunião de hoje.A solução está aqui hoje.Teremos de fazer um esforço para se construir tanto físico como politicamente.Temos gás para seguir em frente e nos organizar em termos políticos e em termos formais, recuperar as condições básicas de funcionamento.Propõe a criação de uma Comissão Eleitoral, para recuperar a nossa história. O companheiro Oliveira pede para que as pessoas desarmem os espíritos e partir para a prática do trabalho já que na gestão anterior o Presidente ficou dois anos sozinho trabalhando para reconstruir a Instituição. O momento agora é de união.A Diretoria está presente para fazer a passagem para a próxima. Temos que ter consciência dando um passo mais forte iniciando o Processo Eleitoral. A companheira Berenice diz que foi para esta reunião sabendo que a pauta seria a criação da Comissão Eleitoral, pois, segundo ela, o mandato da atual Diretoria já havia vencido. O atual Diretor Administrativo Adagoberto informa que estamos legitimados como Direção interina, a luz do Estatuto. A presidenta Maria Alice diz que o IPCN abre portas para interesses pessoais, já que na presente reunião foi constado entre os presentes não apenas sócios da Instituição mas pessoas agregadas, pertencentes à Comissão de Obras, mas que ela não ia ficar no desgaste. Se tivessem de modificar, que modificassem o que estava escrito pelo Estatuto. Benedito Sérgio propôs que além de eleger os membros da Comissão Eleitoral, que se votasse também que atual direção continuasse interinamente até as eleições e posse da nova Diretoria eleita. Os integrantes da Comissão de obras e outros companheiros presentes que não eram filiados a Instituição, assinaram a ficha de filiação tendo como conseguinte, direito a voto. A proposta que foi votada teve o seguinte enunciado: “Eleger os membros da Comissão Eleitoral e que a atual Direção continuasse interinamente até a eleição e posse da próxima Diretoria”. Esta proposta foi aceita pela maioria, tendo apenas uma abstenção do associado Ailton Benedito, sendo que em seguida, elegeram-se os integrantes da Comissão Eleitoral composta por: 1-Francisco Manoel Pereira Costa Filho (Chicão); 2-José dos Santos Oliveira; 3-Robson Luis Monsueto; 4-Ubiratan Jesus Ramos (Stevie); 5-Flavio Gomes e tendo como suplente Roselene Sérgio Ribeiro. A Comissão Eleitoral eleita se reunirá para traçar as normas, data, e todos os procedimentos necessários para que ocorra a eleição, referendada pelo Estatuto vigente da Instituição (parte 1/3, parte 2/3, parte 3/3). A reunião se encerrou às vinte e uma horas e cinqüenta minutos. Rio de Janeiro, onze de Janeiro de dois mil e onze. Eu, Maria Christina Ramos Silva –Diretora Cultural Interina do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, IPCN, lavro e assino esta Ata.


Estiveram Presentes à Reunião:
ADAGOBERTO ARRUDA
ADÉLIA AZEVEDO DOS SANTOS
ADILSON AGUIAR XAVIER
AILTON BENEDITO DE SOUZA
ANGELICA SEBASTIÃO (ANGÉLICA BASTHI)
BENEDITO SÉRGIO DE ALMEIDA ALVES
BERENICE DE AGUIAR SILVA
ELIANE DE JESUS SILVA
FLAVIO GOMES
FRANCISCO MANOEL PEREIRA COSTA FILHO (CHICÃO)
JOSÉ DOS SANTOS OLIVEIRA
MARIA ALICE SANTOS
MARIA CHRISTINA RAMOS SILVA
MARILZA MARIA SANTOS DE OLIVEIRA
MIRIAM OLIVEIRA CORRÊA
PAULO DA SILVA SANTOS
PEDRO PAULO DA SILVA
ROBSON LUIS MONSUETO
ROSELENE SÉRGIO RIBEIRO
UBIRATAN JESUS RAMOS (STEVIE)

sábado, 1 de janeiro de 2011

LUIZA BAIRROS - Agora, Ministra da Igualdade Racial do Brasil

Luiza Bairros, de 57 anos, é gaúcha de porto Alegre e uma das fundadoras do Movimento negro unificado (MNU). Fez sua graduação em Administração pública e Administração de empresas, no sul, e pós-graduação em Sociologia, na Michigan State University, nos estados unidos. Moradora de Salvador há mais de 30 anos, tornou-se pesquisadora associada do Centro de Recursos humanos/ CRH, da universidade Federal da Bahia (UFBA) e fundou, em parceria com a Conferência nacional de Cientistas políticos negros (uma organização norteamericana), o Projeto Raça e Democracia nas Américas, que promove a troca de experiências entre estudantes de pós-graduação afro-brasileiros e pesquisadores afro-norte-americanos. Luiza também foi professora de Sociologia da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Em 2008, trouxe para dentro do estado da Bahia toda a sua experiência na luta contra o racismo e o seximo, à frente da Secretaria de promoção da Igualdade, criada em 2006. Agora, como Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Luiza assume um novo desafio, sem perder o olhar do movimento social
por Maurício Pestana - Revista Raça Brasil


A senhora é gaúcha e reside faz muitos anos na Bahia, com vasta experiência em estudar a questão racial no Brasil e no mundo. Em que a Bahia difere, e o que tem em comum no âmbito da questão racial com outros lugares?
A grande diferença na Bahia é o peso da população negra dentro da população total do estado. Algo que não é apenas numérico, mas que também influencia. Toda a cultura baiana bebe fundamentalmente da contribuição das culturas de matriz africana que vieram para o Brasil e para a Bahia. Essa é a grande diferença, pois também faz existir na Bahia uma minoria branca muito mais coesa do seu lugar, dos seus espaços de poder. Portanto, as consequências ou os efeitos do racismo sobre a população negra na Bahia tende a ser um pouco mais pronunciados do que em outros Estados.
Eu não estou querendo dizer que exista um racismo na Bahia que seja pior do que em outros lugares, e sim que determinadas condições históricas e culturais produzem racismos que são diferenciados. Não é à toa que causa muito espanto para muitas pessoas o fato de Salvador só ter tido até hoje um único prefeito negro, a cidade que é o centro da influência negra no estado. É como se, de certa forma, os negros da Bahia tivessem sido colocados no lugar de provedores e mantenedores de uma cultura diferenciada , mas que não necessariamente essa força possa ser traduzida em outros espaços da vida social.
O quadro tem mudado nos últimos anos e a tendência é mudar cada vez mais, a partir do trabalho dos movimentos negros, quando estes oferecem uma consciência crescente de que esse espaço e essa influência que se tem no núcleo que se chama baianidade precisa ser refletida em outros espaços, em outros lugares, inclusive na política, no comando da cidade e do centro.
A senhora milita há muitos anos na questão racial. Qual diferença em atuar como militante na questão racial e ser secretária do Estado, quais os principais embates?
Em primeiro lugar eu sempre digo uma coisa: o Movimento Negro Unificado (MNU) mantinha na sua carta de princípios algo que ,para mim, continua valendo: o dever do militante é combater o racismo onde quer que ele se faça presente. Então, tanto faz estar no movimento social quanto na estrutura do Estado, pois o combate permanece como tarefa principal. O que muda, e bastante, é a forma de fazer as coisas, pois o Estado é todo regulado. Existem normas e regras para absolutamente tudo o que se queira fazer, e é preciso que todas as iniciativas que nós temos se submetam a elas. Nesse sentido, torna a nossa atuação menos livre, por assim dizer, pois não tem como propor e fazer coisas que estejam fora daquilo que o projeto político do governo coloca.
Mas não existe conflito entre ser governo e movimento social?
Absolutamente, não existe conflito entre ser militante e gestora à medida que se reconheça as diferenças entre esses dois espaços. Permanece como gestora o compromisso com os direitos do povo negro, permanece como gestora o compromisso no combate ao racismo, mas entre a atuação no movimento social e a atuação do governo o que acontece é uma tradução. Nós traduzimos no governo aquilo que os movimentos sociais propõem. Mas essa tradução, como se sabe, nunca é literal. Existem diferenças do ponto de vista do sentido, existem adaptações que precisam ser feitas para que aquela agenda seja entendida nos termos que o Estado opera. Eu sempre coloco como exemplo que o movimento social negro colocou muito explicitamente a questão do combate ao racismo. No Estado, entretanto, nós trabalhamos com a noção de promoção da igualdade, o que não é necessariamente a mesma coisa, porque em muitos sentidos é possível promover a igualdade entre brancos e negros sem que o racismo seja removido.
Dê um exemplo.
Os Estados Unidos. Não há dúvida que, ao longo dos anos, uma parcela significativa da população afroamericana conseguiu uma inserção digna na sociedade de lá, sem que o racismo tenha acabado. Existe, portanto, essa oportunidade de se reconhecer direitos, sem que a opinião média das pessoas brancas a respeito dos negros mude fundamentalmente. É um jogo bastante complexo, mas é preciso estar muito consciente dele para que não se frustre a nossa participação dentro do Estado com expectativas que, em determinados momentos, não podem ser atendidas.
Quilombo, religião de matriz africana, juventude, segurança pública... Qual é a área mais delicada que o Estado tem que atuar na questão racial?
Todas as áreas apresentam algum nível de dificuldade. Das que você citou, considero as comunidades quilombolas. Nós tivemos uma facilidade relativamente maior de trabalhar essa questão na estrutura do Estado. No que se refere aos quilombos e se pensarmos no ponto de vista das diretrizes estratégicas da Bahia, as nossas ações relativas se inserem na diretriz da promoção do desenvolvimento com a inclusão social e, como existe uma população rural que clama e sempre clamou por uma inclusão mais efetiva aos programas sociais, de infraestrutura e de incentivo à produção, nós conseguimos, então, inserir as comunidades quilombolas dentro dessa outra agenda mais ampla. E os serviços e benefícios também chegam juntos. Existe sempre a possibilidade de emergirem conflitos de terra. Sempre há um fazendeiro disputando aquele espaço e isso é o que tem provocado uma lentidão maior nas possibilidades.
E as religiões de matrizes africana?
Aí a dificuldade é mais em função da novidade do tema. Especialmente no caso da Bahia, os terreiros de candomblé ou pelo menos alguns deles, sempre foram reconhecidos por quem estava no poder, mas eu acredito que naquele período o tipo de relação que se estabelecia era uma pouco respeitosa com essas religiões à medida que se davam em cima de uma relação de clientelismo. O que nós temos procurado fazer agora é eliminar esse viés clientelista dessas, em segundo lugar, evidenciar que a necessidade de se proteger direitos dos terreiros de candomblé é algo que se vincula à questão do racismo, ou seja, a intolerância religiosa é uma questão de racismo nesse caso, pois se trata de religiões que foram trazidas ao Brasil pelos negros. Em terceiro lugar estabelecer um tipo de relação em que não haja interferência do Estado naquilo que exista de sagrado.
No que se refere à questão da juventude e da segurança pública, aí sim temos uma dificuldade de natureza diferente das anteriores, porque não é voz corrente ou uma ideia completamente acentuada em nenhum governo, de que esses conflitos entre a comunidade negra e a polícia não tenham uma base de racismo na sua origem. Existe uma dificuldade muito grande de se compreender isso dessa forma, na verdade, existe uma permanente negação de que o racismo possa ser uma das causas principais do porquê os negros são abordados pela polícia de forma mais frequente nas ruas, do porquê os jovens negros são objeto de ações muitas vezes mais violenta da polícia. Esse é um campo que temos ainda um longo caminho para percorrer.
Sua geração chegou ao poder, principalmente com a Dilma. E, mesmo assim, nós negros não chegamos juntos. Nossa representação ainda não é representativa. Como a senhora analisa essa questão?
É muito difícil falar dessas relações entre negros e brancos sem colocar o racismo no meio. Eu nem sempre fico utilizando o racismo como uma espécie de bode expiatório, em absoluto. A verdade é que o movimento negro, ao longo das últimas décadas no Brasil, sempre atuou em um espaço que não foi totalmente absorvido como parte da política em geral que se fez pela democratização da sociedade brasileira.
Nós não fomos contados como parte desse esforço que a sociedade fez e ainda faz para que nós tenhamos um país efetivamente justo, onde as pessoas possam participar com seus talentos, contribuir com suas histórias e experiências. Então, não termos chegado ao poder, ao mesmo tempo em que a geração de militantes brancos chegou, é em parte explicado por isso. Nós fizemos parte de um espaço de atuação política sem que se fossem feitas ou produzidas alianças de maneira que pudéssemos ser vistos como parte da solução no Brasil e não como parte dos problemas. A maior parte do tempo da nossa militância foi gasta e investida no sentido de provar para outras pessoas a legitimidade da nossa luta.
"O movimento social negro colocou muito explicitamente a questão do combate ao racismo. No estado, entretanto, nós trabalhamos com noção de promoção da igualdade, O que não é necessariamente a mesma coisa porque em muitos sentidos é possível promover a igualdade entre brancos e negros sem que o racismo seja removido"
E quando a senhora acha que conseguimos isso?
Em 1988, naquele processo do centenário da abolição, em que eu considero que a questão racial ganhou debate público, efetivamente. Edson Cardoso escreveu um trabalho naquele período analisando a imprensa brasileira e os principais jornais do país. É muito importante observar como nos editoriais e nos artigos que saíram durante aquele ano, nós do movimento negro não éramos nomeados. Éramos referidos como alguns setores, alguns grupos, mas não se dizia que existia um movimento negro.
Então, esse não reconhecimento do movimento negro como interlocutor político válido no Brasil provoca esse déficit que ainda temos?
Acredito que sim, mas penso que a tendência é que essa invisibilidade diminua. Ao mesmo tempo em que coloco isso, reconheço outras coisas. Nós temos nos governos estaduais órgãos como a SEPROMI, na Bahia, o que denota o fato de que, nessas discussões de qual é o papel do governo e quais são as ações prioritárias, as nossas questões de um certo modo têm que entrar e são contempladas. Isso está expresso nos planos plurianuais de vários governos, algo impensável até pouco tempo atrás. Está presente no próprio debate do Governo Federal quando da criação da SEPPIR, não há dúvida com relação a isso. Agora, o que nós precisamos é potencializar todos esses espaços, o da SEPROMI inclusive, para que possamos nos debates das prioridades e nas decisões (às vezes, até quase diárias) que se tomam dentro do governo do Estado, que se leve em consideração algo que para nós é um princípio: o da promoção da igualdade.
Qual foi o seu principal desafio como secretária de Estado?
Esses são os primeiros quatro anos de existência da secretaria sem que nós tivéssemos um modelo a seguir. Porque ela foi, diferentemente de outros lugares e do próprio Governo Federal, criada para atender tanto a promoção da igualdade racial como as políticas para as mulheres. Então, juntar em um mesmo espaço essas duas agendas enormes é um desafio permanente. Especialmente no caso da Bahia, implica em fazer também outro tipo de esforço para quebrar certa tradição, pois quem trabalha com igualdade racial não fala da mulher negra e quem trata de políticas para as mulheres tampouco trata de mulher negra também.
Quando se fala nos negros, em geral, são sempre os homens, e quando se fala nas mulheres, em geral, são sempre as mulheres brancas. Então, esse esforço de falar em políticas e a necessidade de incluir as mulheres negras, de falar e fazer em questão da igualdade racial, inclui, necessariamente, mulheres, homens, negros, crianças... Foi extremamente desafiante. Outro aspecto que é muito pouco observado é que essas agendas novas que trazemos para o governo demandam um tipo de profissional que, geralmente, não existe dentro do governo ou existem em poucos números.
O que de mais importante e palpável para a população o órgão que a senhora dirige pode oferecer?
As pessoas ou os grupos para os quais as políticas públicas se dirigem não estabelecem departamentos na sua vida, suas necessidades em educação, em saúde ou trabalho. As pessoas vivem essas necessidades e essas demandas de uma forma conjugada, até porque a saúde que eu tenho vai determinar as minhas possibilidades como força de trabalho, vai determinar as minhas possibilidades como pessoa que estuda e quer ter acesso ao conhecimento. A minha inserção no mercado tem relação com o tipo de educação que eu tive e por aí vai. Do lado do governo, temos também que pensar nas dimensões da vida das pessoas como coisas interligadas, se quisermos que o resultado seja concreto na vida delas.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Recadastramento dos Sócios do IPCN

Prezadas/os:

O mandato da atual Diretoria do IPCN encerrou-se no dia 08/11/2010, no momento estamos nos mobilizando para dar início ao processo eleitoral referente ao próximo triênio.
Esta ação não foi iniciada no prazo estipulado no Estatuto da Instituição pois na ocasião ainda estávamos enfrentando as dificuldades ocasionadas pelo desaparecimento da documentação, empecilho este que só foi superado graças a sensibilidade do funcionário do RCPJ.
Para tanto é importante a participação de todos os Associados, preenchendo suas FICHAS DE RECADASTRAMENTO (clicando no link abaixo), que facilitará sua identificação.
Para dar prosseguimento ao processo estamos marcando uma REUNIÃO para o dia 11/01/2011, às 19 horas, com término às 21 horas, no CEDIM – Rua Camerino, 51 – Centro – Rio de Janeiro – RJ.

O IPCN PRECISA DE VOCÊ PARA CONTINUAR CUMPRINDO O SEU PAPEL.

A Diretoria

CLIQUE NO LINK PARA ACESSAR:
FICHA CADASTRAL

Cópia do e-mail enviado aos Associados.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

100 anos da REVOLTA DA CHIBATA

CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Homenageia
O Almirante Negro JOÃO CÂNDIDO
no MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA
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R.S.V.P
Reinaldo Santos - (21)3814-2124 / 9441-2925
Olga Neves - (21) 3814-2412

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

1ºENCONTRAFRO

Encontro de personalidades negras
para debate e proposição de políticas públicas
para jovens de periferia

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REALIZAÇÃO: portal4e

sábado, 20 de novembro de 2010

Encerramento do Mês da Consciência Negra

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

SEMINÁRIO SOBRE O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL - 25.11.2010

COMISSÃO DE IGUALDADE RACIAL DA OAB-RJ
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Rio Zumbi 2010

CLIQUE NAS IMAGENS PARA OBTER MELHOR VISUALIZAÇÃO

Na ocasião será inaugurada também a restauração do Monumento e da Cabeça do Zumbi.

O início se dará as 06:00h da manhã, após, teremos apresentações Culturais e Show com o Grupo Zenzala, Marquinho Sathan, Escolas de Samba Unidos da Tijuca e de Vila Izabel, Vizinha Faladeira entre outras.

A chegada do Governador SÉRGIO CABRAL e do Presidente da República LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA está prevista para as 10:00h, O encerramento será as 14:00h.


Recebido do CEDINE via e-mail.

sábado, 13 de novembro de 2010

O negro na sociedade contemporânea

CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO

Mais informações e confirmação de presença pelos tels:
(21) 2179-1228 e 2179-1273

QUILOMBO BRASIL -

- DE ZUMBI A LÉLIA GONZALEZ


Companheiros,
Abrindo as comemorações dos trezentos e quinze anos da imortalidade de Zumbi dos Palmares e de 2011 - Ano Internacional do Afro-descendente, apresentamos o projeto QUILOMBO BRASIL – DE ZUMBI A LÉLIA GONZALEZ com a exposição itinerante ÁFRICA – O BERÇO DA HUMANIDADE, assinada pelo artista plástico OSÉIAS CASANOVA (pinturas e esculturas já expostas em Pequim, Bangkok e Áustria).
Abertura: 18 de novembro de 2010, às 19 horas
Visitação: de 19 de novembro a 10 de dezembro, de terça a domingo
Horário: de 14h às 20h
Participação Especial:
Antônio Carlos Mariano (Voz e Violão)
Verônica da Costa (performance)
Entrada Franca

Local: Centro Cultural Amigos das Artes - Boutique & Galeria Joana D’Arc
Rua Arquias Cordeiro, nº 446,
Jardim do Méier, Rio de Janeiro
Informações: 2241-9781 – 9943-8589 – 8898-3584

Recebido de NÉIA DANIEL, via e-mail.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

TEMPO DE RECUPERAÇÃO

O IPCN MAIS DO QUE NUNCA PRECISA DE TODOS
Abertura do MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O IPCN foi fundado no início dos anos 70, em plena ditadura militar. Sua bandeira permanece viva até hoje: NÓS QUEREMOS mudar a situação do negro brasileiro.
Pulando de “aparelho” em “aparelho”, de residência em residência, incluindo a sede de algumas instituições (ICBA, Teatro Opinião, ASLURJ), até o apoio financeiro da Inter-American Foundation, do Partido Democrata dos Estados Unidos, para aquisição do imóvel na Av. Mem de Sá 208, junto à Cruz Vermelha, no Rio de Janeiro, foram anos de grande prosperidade, mas a história não acabaria aí. No final dos anos 80, após conviver com uma série de dificuldades, o IPCN passou por um violento processo de degradação patrimonial e moral que se estender até os dias de hoje.
Diante deste quadro, recebemos da OCRES Arquitetura Ltda uma proposta de R$ 48 000,00, para restauração imediata das fachadas. divididos num primeiro acordo, em quatro parcelas deR$ 12 000, 00. Dado a urgência da situação, procuramos reunir 12 pessoas para assumir este compromisso e, começamos organizar um calendário de eventos complementar, para auxiliar no pagamento. Muitos foram os convocados, mas a adesão ainda está muito aquém do necessário. Ainda assim, a obra foi iniciada e a primeira parcela, resultante de um novo acordo para pagamento em cinco vezes, necessitou do auxílio de um empréstimo para ser quitada, em função do baixo resultado financeiro (não de público) da primeira atividade, uma Feijoada-Show no dia 29 de setembro.
Com o compromisso firmado pela diretoria de abertura do processo eleitoral após a conclusão desta obra prevista para início de dezembro, estamos solicitando a todos os associados que depositem R$ 400,00, divididos em quatro parcelas de R$ 100,00, "Centro de Apoio ao Desenvolvimento de Recuperação do IPCN", Banco do Brasil na Conta Corrente Nº 9297-5, Agência 3260-3, como credenciamento para participarem da deliberação dos destinos e, principalmente, do resgate moral do IPCN.
NÃO FIQUE DE FORA! O IPCN mais do que nunca precisa de todos nós.
Estamos programando para o próximo dia 07 de novembro, segundo domingo do mês, dia em que a Av. Mem de Sá estará fechada como área de lazer, mais uma atividade de congraçamento e arrecadação de fundos para a obra. Compareça! Leve um amig@!


VISITE NOSSO BLOG:
www.recuperacaodoipcn.blogspot.com

A Comissão de Obras:
Ailton Benedito, Benedito Sérgio, Berenice Aguiar e Paulo Santos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O IPCN na FOLHA DO CENTRO

O IPCN busca por voluntários financeiros para a restauração da sede
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO
(capa da edição 169)
PARA LER A MATÉRIA NA ÍNTEGRA
O jornal FOLHA DO CENTRO tem todas as suas edições em papel distribuidas por todo o Centro da Cidade do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Manifesto dos Brancos da UFRGS pelas cotas raciais

Este texto é um manifesto escrito e subscrito por brancos que compõem a comunidade escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Ele é uma retumbante admissão pública, por nossa parte, de que vivemos em um contexto de exclusão estrutural de negros e indígenas dos benefícios e espaços de cidadania produzidos por nossa sociedade e onde, ao mesmo tempo, é produzida uma teia de privilégios a nós brancos, que torna completamente desigual e desumana nossa convivência. Somos opressores, exploradores e privilegiados mesmo quando não queremos ser. O racismo não é um "problema dos negros", mas também dos brancos. É pelo reconhecimento destes privilégios que marcam toda nossa existência, mesmo que nós brancos não os enxerguemos cotidianamente, que exigimos a imediata aprovação de Ações afirmativas de Reparação às populações negras e indígenas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

No Brasil vivemos em um estado de racismo estrutural. Já é comprovado que raça é um conceito biologicamente inadmissível, só existe raça humana e pronto. Mas socialmente, nos vemos e construímos nossa realidade diária em cima de concepções raciais. Portanto, raça é uma realidade sociológica. Não é uma questão de que eu ou você sejamos pessoalmente preconceituosos. Mas é só olhar para qualquer pesquisa que veremos como existe um processo de atração e exclusão de pessoas para estes ou aqueles espaços sociais, dependendo de sua cor. Não é à toa que não temos quase médicos negros, embora eles sejam a maioria nas filas dos postos de saúde; que quase não vemos jornalistas negros, mas estes são expostos diariamente em páginas policiais; que não temos quase professores negros, especialmente em posições com melhores salários, e vemos alunos negros apenas em escolas públicas enquanto, na universidade pública quase só encontramos brancos.

A situação dos indígenas não é diferente, quando eles ainda sofrem lutando pelo direito mínimo de ter suas terras e aldeias, mesmo isso lhes é surrupiado pelos brancos. Vamos parar com esta falácia de dizer que não aceitamos cotas raciais na universidade, porque não queremos ser racistas: se vivemos no Brasil, se fomos criados nesta cultura, se construímos nossas vidas dentro deste conjunto de relações onde a raça é um elemento determinante, somos todos racistas! Não fujamos da realidade. Não usemos a falsa desculpa de que não queremos criar divisões entre raças no Brasil. Nossa sociedade poderia ser mais dividida racialmente do que já é hoje?

O estudo de Marcelo Paixão intitulado "Racismo, pobreza e violência", compara o IDH (Índice de Densenvolvimento Humano) dos brancos e dos negros dentro do Brasil. O IDH tenta medir a qualidade de vida das populações, combinando os três fatores que, por abranger, cada qual, uma imensa variedade de outros, seriam os essenciais para a medição: renda por habitante, escolaridade e expectativa de vida. Na última versão do IDH, de 2002, o Brasil ocupa o 73º lugar entre 173 países avaliados, mesmo possuindo todas as riquezas nacionais e sendo o 11º país mais desenvolvido economicamente no mundo. Porém, entre 1992 e 2001, enquanto em geral o número de pobres ficou 5 milhões menor, o dos pretos e pardos ficou 500 mil maior. [Consideram-se brancos 53,7% dos brasileiros; pretos ou pardos, 44,7%, que chamaremos, hora em diante de negros]. O estudo mostra que Brasil dos brancos seria, na média o 44º do mundo em matéria de desenvolvimento humano, ao passo que o Brasil dos negros estaria no 104º lugar!!!

Nada disso é novidade, porém, para quem aceita viver com os olhos minimamente abertos. Temos que reconhecer que vivemos num sistema estruturalmente racista, que se reproduz em cima de mecanismos constantes de exclusão e exploração dos negros e de privilégios naturalizados aos brancos. Em um sistema racista, pessoas brancas se beneficiam do racismo, mesmo que não tenham intenções de serem racistas. Nós brancos não precisamos enxergar o racismo estrutural porque não sofremos diariamente diversos processos de exclusão e tratamento negativamente diferencial por causa de nossa raça. Nossa raça (e seus privilégios) são tornados invisíveis dia-a-dia. Este sistema de privilégios invisíveis a nós brancos é que nos põe em vantagens a todo instante, por toda nossa vida, em todas as situações, e que destroça qualquer tentativa de pensarmos que estamos onde estamos apenas por méritos pessoais. Que mérito puro pode ter qualquer branco de estar no lugar confortável em que se encontra hoje, mesmo que tenha saído da pobreza, dentro de um sistema que lhe privilegiou apenas por ser branco, ao mesmo tempo em que prejudicou outros tantos apenas por serem negros?

Vamos apresentar uma breve listinha de circunstâncias em nossas vidas que expõem nossos privilégios de brancos e que, embora não percebêssemos, embora os víssemos apenas como relações naturais para nós, por sermos pessoas normais e "de bem", foram decisivas para nos trazer onde estamos (e por não serem vivenciados também por negros e indígenas, seu resultado é fazer com e seja tão desproporcional o número destas populações dentro da UFRGS, por exemplo):
1) Sempre pude estar seguro de que a cor da minha pele não faria as pessoas me tratarem diferentemente na escola, no ônibus, nas lojas, etc;
2) Estou seguro de que a cor da pele dos meus pais nunca os prejudicou em termos das busca ou da manutenção de um emprego;
3) Estou seguro de que a cor da pele dos meus pais nunca fez com que seu salário fosse mais baixo que o de outra pessoa cumprindo sua mesma função;
4) Posso ligar a televisão e ver pessoas de minha raça em grande número e muitas em posições sociais confortáveis e que me dão perspectivas para o futuro;
5) Na escola, aprendi diversas coisas inventadas, descobertas, grandes heróis e grandes obras feitas por pessoas da minha raça;
6) A maior parte do tempo, na escola, estudei sobre a história dos meus antepassados e, por saber de onde eu vim, tenho mais segurança de quem sou e pra onde posso ir;
7) Nunca precisei ouvir que no meu estado não existiam pessoas da minha raça;
8) Nunca tive medo de ser abordado por um policial motivado especialmente pela cor da minha pele;
9) Já fiz coisas erradas e mesmo ilegais por necessidade, e nunca tive medo que minha raça fosse um elemento que reforçasse minha possível condenação;
10) Posso ir numa livraria e perder a conta de quantos escritores de minha raça posso encontrar, retratando minha realidade, assim como em qualquer loja e encontrar diversos produtos que respeitam minha cultura;
11) Nunca sofri com brincadeiras ofensivas por causa de minha raça;
12) Meus pais nunca precisaram me atender para aliviar meu sofrimento por este tipo de "brincadeira";
13) Sempre tive professores da minha raça;
14) Nunca me senti minoria em termos da minha raça, em nenhuma situação;
15) Todas as pessoas bem sucedidas que eu conheci até hoje eram da mesma raça que eu;
16) Posso falar com a boca cheia e ficar tranqüilo de que ninguém relacionará isso com minha raça;
17) Posso fazer o que eu quiser, errar o quanto quiser, falar o que eu quiser, sem que ninguém ligue isso a minha raça;
18) Nunca, em alguma conversa em grupo, fui forçado a falar em nome de minha raça, carregando nas costas o peso de representar 45% da população brasileira;
19) Sempre pude abrir revistas e jornais, desde minha infância, e estar seguro de ver muitas pessoas parecidas comigo;
20) Sempre estive seguro de que a cor da minha pele não seria um elemento prejudicial a mim em nenhuma entrevista para emprego ou estágio;
21) Se eu declarar que "o que está em jogo é uma questão racial" não serei acusado de estar tentando defender meu interesse pessoal;
22) Se eu precisar de algum tratamento medico tenho convicção de que a cor da minha pele não fará com que meu tratamento sofra dificuldades;
23) Posso fazer minhas atividades seguro de que não experienciarei sentimentos de rejeição a minha raça.

Esta realidade destroça meu mito pessoal de meritocracia. Minha vida não foi o que eu sozinho fiz dela. Muitas portas me foram abertas baseadas na minha raça, assim como fechadas a outras pessoas. A opção de falar ou não em privilégios dos brancos já é um privilegio de brancos. Se o racismo, e os privilégios dos brancos são estruturais, as ações contra o racismo devem ser também estruturais. Racismo não é preconceito: racismo é preconceito mais poder.

Se não forçarmos mudanças nas relações e posições de poder em nossa sociedade, estaremos reproduzindo o racismo que recebemos. E agora chegou a hora de a universidade dizer publicamente: vai ou não vai "cortar na própria pele" o racismo que até hoje ajudou a reproduzir, estabelecendo imediatamente Cotas no seu próximo vestibular? Se mantivermos o vestibular "cego às desigualdades raciais" estaremos, na verdade, mantendo nossos olhos fechados para as desigualdades raciais que nós mesmos ajudamos a reproduzir sociedade afora.

Nós, brancos da universidade que assinamos esta carta já nos posicionamos: exigimos cortar em nossa própria pele os privilégios que até hoje nos sustentaram.

Cotas na UFRGS já!


terça-feira, 28 de setembro de 2010

PORTO MARAVILHA, uma história...

DIA 26 DE OUTUBRO DE 2010
Oficina Extra
A HISTÓRIA DA ZONA PORTUÁRIA
MS Carla Marques
14:00 às 16:00 horas
Apresentação do Projeto Porto Maravilha
16:10 horas

Palestrante Convidado:
Presidente da CDURP Engº Jorge Luiz de Souza Arraes

Local: Rua Pedro Ernesto nº 32/34
Gamboa - Zona Portuária
Clique na imagem para ampliá-la.
Recebido de Mercedes Guimarães

II SEMINÁRIO POPULAÇÃO NEGRA E SAÚDE MENTAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Seminário discute SAÚDE MENTAL DA POPULAÇÃO NEGRA NO RIO DE JANEIRO

Com base na Política Nacional de Saúde Mental que tem como um dos seus desafios a promoção da equidade e nas recomendações da Política Nacional de Saúde Integral da População estaremos realizando no
dia 05 de outubro de 2010, o II Seminário População Negra e Saúde Mental do Município do Rio de Janeiro.

Local:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Rua São Francisco Xavier 524, Maracanã – Auditório 53 (5º Andar)

Inscrições:
fernando.nova@smsdc.rio.rj.gov.br, guimar.mac@gmail.com, ou
pelo telefone 22737398

Público Alvo: Gestores, profissionais, estudantes de saúde mental e sociedade civil.

Realização:
Instituto de Psicossomática Psicanalítica Oriaperê em parceria com a Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde, Secretaria Municipal de saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro e apoio do Conselho Regional de Psicologia/RJ e Comitê Técnico de Saúde da População Negra da SMSDC/RJ.

Programação
8:00h - Credenciamento
9:00h - Mesa de Abertura
9:30h - Comunicações:
A construção do racismo no Estado Brasileiro (Edson Cardoso – Universidade de Brasília)
Raça, racismo e saúde (Fernanda Lopes – Fundo de População das Nações Unidas)
11:00hPainel 1 – Impactos do Racismo na Saúde Mental
Biblioterapia: uma nova atuação no enfrentamento do racismo (Perses Canellas – Secretaria Estadual de Educação – IEPIC)
A força dos estereótipos: dificuldades para a expressão de outros modos de existência ( Maria da Conceição Nascimento – Fórum de Relações Raciais CRP/RJ)
Ecos do silêncio: algumas reflexões sobre uma vivência de racismo (Adriana Soares Sampaio – Instituto de Psicossomática Psicanalítica Oriaperê)
13:00hBrunch
14:00hPainel 2 – Caminhos da Eqüidade: Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e sua interface com a Política Nacional de Saúde Mental
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra ( SEGEP – MS)
Política Nacional de Saúde Mental (Coordenação de Saúde Mental – MS)
As políticas e o controle social (Lúcia Xavier – Criola)

Debatedor Luiz Eduardo Batista (Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo)
16:00Propostas
16:30 - Encerramento

Realização: Instituto de Psicossomática Psicanalítica Oriaperê, Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro

Apoio: Conselho Regional de Psicologia/RJ e Comitê Técnico de Saúde da População Negra da SMSDC/RJ.

Comissão Organizadora: Marco Antonio C. Guimarães, José Marmo da Silva, Adriana Soares Sampaio, Louise Silva, Maria da Conceição Nascimento, Monique Miranda, Tânia Viana

Recebido de Marco Antonio Guimarães via e-mail


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FOTOS - IPCN - Feijoada da Restauração

Com a finalidade de confraternizar e dar início às OBRAS DE RESTAURAÇÃO DAS FACHADAS DO IPCN, foi realizada uma feijoada no Domingo, 26.10.2010.
Para visualizar algumas fotos da FEIJOADA
DA RECUPERAÇÃO DO IPCN,
CLIQUE AQUI ou na imagem abaixo:
A Comissão Organizadora do Evento agradece a todos/as que colaboraram com a iniciativa, comparecendo e abrilhantando com sua presença e aos que, mesmo ausentes, torceram pelo sucesso da festa, esperando contar com o carinho de todos/as nas próximas atividades, que já estão previstas.
NÓS QUEREMOS!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

RJ - IPCN convite para Revitalização

Movimento Negro:

I P C N

em Tempos de Revitalização

Estimada/o,

Em que pese algumas críticas nossas à parte do projeto de revitalização da área do Porto do Rio de Janeiro, especificamente com referência à derrubada do elevado da Avenida Perimetral (Elevado Juscelino Kubitschek), o fato é que a cidade do Rio de Janeiro necessita de revisão e reparos permanentes; e, neste momento, urgentes!
Mormente a área do Porto do Rio de Janeiro que é lugar principal da entrada de escravizados para todo o País: homens, mulheres, crianças e idosos “desfamiliados”, “despatriados”, deportados de suas terras de origem; abduzidos!
E mais especialmente ainda se observamos que aquela área não tem qualquer referência “ocidental” do povo ancestral: estátua, monumento; edificação.
Por já terem constatando isso há muito tempo e buscando a oportunidade do momento, foi que Pai Renato d´Obaluaiê, representando um movimento que circulou para abaixo-assinado em concreto e de modo virtual, entregou, no primeiro dia do mês de agosto, o documento que requer a construção de um “Monumento à Ancestralidade Negra” e do “Memorial dos Saberes Milenares da Diáspora Africana”, ao Governador Sérgio Cabral e ao Presidente da ALERJ, Deputado Jorge Piciane. Na ocasião, entregou, igualmente, a Carta do Rio de Janeiro 2010 de “Ações Afirmativas para a População Negra, emanadas das Casas de Axé”. (1)
Quando tratamos de revitalização, logo lembramos do recente incêndio que afetou a Casa Brasil Nigéria / Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH e que provocou a destruição da memória material do IPDH e também a memória-museu-história-projeto da Cia Rubens Barbot Teatro de Dança.

E ainda, tratando de revitalização, lembramos-vivemos que desde o início de 2007 foi iniciado um movimento, no Rio de Janeiro, com repercussão no Brasil e em alguns pontos do exterior, na direção de recuperar o espaço e a memória de um ícone fundamental do Movimento Negro no Rio de Janeiro e no País, um ícone onde conviveram as lideranças fundamento do MN, onde se iniciaram as lideranças-continuação que estão ainda hoje na reflexão, na discussão e na lida anti-racista.

Pessoas de hoje, que muito respeitamos, como Wilson Prudente, é raiz do IPCN;Pessoas de ainda hoje, como Abdias Nascimento deixou muito ensinamento que reflete em nossas mentes e corações até hoje.

E são tantos e tantas e tantos e tantas e tantos e tantas......gente do Rio, de São Paulo, da Bahia, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, do Maranhão, do Pará, de Alagoas, de... de..., de...
E alguns desses tantos e tantas, no Rio de Janeiro, iniciaram, agora, em 2010, um movimento para, num primeiro momento, restabelecer o prédio da Avenida Mem de Sá, nº 208.

Num 2º momento... há muito a fazer...O que tinha no prédio? Onde a antiga biblioteca de filosofia e sociologia de Lélia Gonzalez? Onde a documentação e a história do MN que estava nos arquivos? Onde a parceria do IPCN com Olodum, de modo que filiado de um era automaticamente filiado de outro?

Num 2º momento... há muito a fazer, inclusive ter o privilégio de um espaço no centro da cidade!

Este mesmo centro da cidade que passa por uma revitalização!

Qual a distância entre o Porto e a Lapa?

Tratamos aqui da revitalização de “coisas” nossas! E por que “coisas” nossas são esquecidas?
Você está convidado a participar, no próximo domingo, dia 26 de setembro, a partir das 14 horas, de uma Feijoada que tem a intenção que agregar para este Movimento Negro de Revitalização da História de um marco que constitui uma parte crucial da Memória da Luta Negra no Rio de Janeiro e no País.

O local da Feijoada é na Avenida Mém de Sá, nº 208, Bairro Cruz Vermelha, Centro do Rio de Janeiro – RJ

Caso não possa comparecer para saber mais detalhes, você pode contribuir adquirindo um convite simbólico demonstrando sua Presença e Solidariedade.

Todas/os que têm intenção de comparecer, por gentileza, faça sua contribuição antecipada.

Para presentes e ausentes a conta é em nome de “Cad – Recuperação do IPCN”, Banco do Brasil, agência 3260-3, conta corrente nº 9297-5. Se for fazer DOC pela internet, você precisará do número do CNPJ. Por gentileza, não hesite em perguntar ao IPCN, pelo e-mail ipcn_ipcn@yahoo.com.br. O valor da contribuição para este evento e para demonstrar seu engajamento é de R$ 20,00.

Para presentes e ausentes e para todas as contribuições, por favor, não esqueça de informar pelo mesmo endereço de e-mail ipcn_ipcn@yahoo.com.br. Você saberá e participará dos desdobramentos.

Até agora Nossa História tem sido feita de garra e resistência.Daqui para Frente, garra e resistência dependem de nós para que a mesma Nossa História permaneça.

Axé!
Ana Maria Felippe
Coordenadora de Memorial Lélia Gonzalez
(1) - Os documentos seguem sendo entregues a outras autoridades políticas.

Na foto (abaixo) de Januário Garcia, Abdias Nascimento é recebido no IPCN. Lélia Gonzalez; Abgail Paschoa; Paulo Roberto dos Santos; Adélia Azevedo sentada. Em pé, atrás de Abdias, Marcos Aurore Romão. ______________________________________________________
Recebido de Ana Maria Felippe do Memorial Lélia Gonzalez, via e-mail.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOSSO IPCN ESTÁ EM OBRAS!!!

Essa é para ninguém ficar de fora!
Após tantas inclusões resultantes da luta contra a exclusão de parte expressiva da população brasileira, empreendida pelo IPCN - Instituto de Pesquisa das Culturas Negras, a partir da década de setenta, agora chegou a hora de reincluí-lo.


Vamos dar a nossa retribuição.

Não seja um excluído. Inclua-se também nessa luta.
Participe, divulgue.
NÓS QUEREMOS!

CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA OBTER MELHOR VISUALIZAÇÃO

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

3º Concurso de Samba de Quadra

Troféu Jamelão
Inscrições de 15/09 a 15/10

Devido ao grande sucesso das duas primeiras edições, em 2008 e 2009, vem aí o 3º Concurso de Samba de Quadra, evento pioneiro apresentado pela Light para valorizar a música carnavalesca, seus autores e intérpretes. Com produção de Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito, o Concurso vai resgatar a presença do verdadeiro samba de quadra, incentivando não apenas compositores experientes, mas também a turma jovem que, a cada dia, se mostra mais interessada no gênero. No ano passado, o Concurso recebeu quase 1000 inscrições.
O Concurso é dirigido a compositores, sambistas, carnavalescos, poetas, músicos e também a todos aqueles que gostam de samba e têm inspiração. As
inscrições serão realizadas no período de 15 de setembro a 15 de outubro, na sede da Light – Avenida Marechal Floriano, 168, Centro.

Tela de Heitor dos Prazeres

Maiores informações:
telefone (21)7188-4755 e nos sites
www.light.com.br e www.radiceproducoes.com.br

O autor do melhor samba receberá um prêmio de R$ 5 mil. O segundo e o terceiro colocados serão contemplados com R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.

O Concurso – A temática é livre e o samba deverá ser inédito. Entende-se como samba de quadra todo samba que é apresentado e divulgado nas quadras de escola de samba e blocos, com exceção do samba-enredo. A inscrição do samba poderá ser realizada pessoalmente ou pelo Correio, com a entrega de material envelopado e lacrado: três CDs, com a gravação do samba inscrito e três cópias digitadas, impressas em papel A 4, com o título do samba, nome dos autores e letra na íntegra. Após as inscrições, que se encerram em 15 de outubro, serão selecionados 20 sambas para serem apresentados na semifinal, que classificará os 10 sambas concorrentes à grande final, dia 17 de fevereiro de 2011.